O apresentador Luciano Huck aproveitou uma pausa no Domingão com Huck no último domingo, 17, para criticar a PL do Aborto. O comunicador chamou o projeto que equipara o aborto ao crime de homicídio de 'cruel'.
"Não é uma questão ideológica. É uma questão de lógica. Criança não é mãe. É muito cruel obrigar uma vítima de estupro levar até o final uma gravidez. Queria me colocar ao lado de todas essas mulheres que foram vítimas de estupro e não devem ser vítimas de uma injustiça", afirmou.
Na sequência, Huck ainda cobrou Arthur Lira (PP): "Eu queria convocar o deputado Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Nós respeitamos o Parlamento brasileiro, foi eleito pelo povo brasileiro, todos os deputado. A gente respeita, mas não é lógico. É minha opinião pessoal. Eu acho isso mesmo."
Na semana passada, a PL que equipara o aborto ao crime de homicídio teve urgência para análise aprovada na Câmara, em uma análise que durou 5 segundos. O polêmico projeto foi proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) uma das principais lideranças da Frente Parlamentar Evangélica, e considera que o fato de a lei não prever "limites gestacionais ao aborto" não significa que os legisladores que promulgaram o Código Penal tenham querido "estender a prática até o nono mês de gestação".
Alguns políticos, porém, já falam em limitar a discussão ao procedimento de assistolia fetal - essencial em casos de aborto após 22 semanas, mas alvo de resolução contrária do Conselho Federal de Medicina (STF), suspensa liminarmente pelo STF.