A cantora Ludmilla foi acusada de intolerância religiosa após o show do último domingo, 21, no Coachella, na Califórnia, nos Estados Unidos. A famosa dividiu opiniões ao exibir um vídeo que mostra a fase: "Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas".
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Após a repercussão e críticas, a dona do hit Maldivas se posicionou e afirmou que a cena foi tirada de contexto. Ludmilla ressaltou que seu objetivo com as imagens era mostrar a realidade de uma favela.
"Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar pra falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe. Hoje tiraram do contexto uma das imagens do vídeo do telão do show em Rainha da Favela, que traz diversos registros de espaços e realidades a qual eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado dele, e me colocando em uma posição que é completamente contrária à minha", iniciou ela.
E continuou: "Rainha da Favela apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci, mas, infelizmente, se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Isso passa por conviver em um ambiente muitas vezes hostil, onde a cada esquina você precisa se deparar com as dificuldades da favela".
"Favela sem filtros"
Ludmilla explicou que sua apresentação não deixou abertura para qualquer interpretação diferente do que ela quis transmitir ao público. "Meu show começa com uma mensagem muito explícita
, que não deixa dúvida sobre nada! Na sequência, eu apresento a realidade sobre a qual esse discurso precisa prevalecer! Sobre uma favela sem filtros, sem gourmetizações, sem representações caricatas, uma denúncia sobre o real. Estou aqui pelo que é real, e não essa versão vitrine importada para gringo achar que esse é um espaço que se reduz a funk, bunda e cerveja!", declarou.
"Não me coloquem nesse lugar. Vocês sabem quem eu sou e de onde eu vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, e independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade de que façam elas únicas", concluiu.