Ludmilla rebate acusação de intolerância religiosa: 'Nua e crua'

Show da cantora no Coachella exibiu cartaz polêmico envolvendo Tranca Ruas e Jesus

22 abr 2024 - 10h28
(atualizado às 11h51)
Ludmilla, cantora
Ludmilla, cantora
Foto: @instagram

A cantora Ludmilla, de 28 anos, começou a segunda-feira, 22, se defendendo das acusações de intolerância religiosa. Em seu perfil no X, o antigo Twitter, ela falou sobre as citações que foram exibidas no telão durante seu show no Coachella, nos EUA, e que geraram tanta repercussão.

"Rainha da Favela [a música] apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Estou aqui pelo que é real e não essa versão vitrine importada para gringo achar que esse é um espaço que se reduz a funk, bunda e cerveja!", escreveu Ludmilla na rede social.

Publicidade

O que aconteceu?

Além de Ludmilla: famosos que tiveram problemas ao cantar o hino nacional Além de Ludmilla: famosos que tiveram problemas ao cantar o hino nacional

No Coachella, durante a música Rainha da Favela, os telões mostravam diversas imagens, pessoas dançando, empinando pipa e também os problemas de mobilidade que o Rio de Janeiro enfrenta. Em um trecho específico, um cartaz ganhou destaque e atenção do público. "Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas", diz o texto. O frame não pegou bem e colecionou críticas em plataformas digitais.

"Intolerância religiosa é um pilar que afeta muita gente, principalmente nas comunidades, e você reforçar esse viés num espaço de visibilidade internacional não foi legal. Associar entidades de matriz africana ao mal foi feio e desrespeitoso", escreveu um usuário identificado como Dayvison. "A primeira afrolatina a pisar no Coachella trouxe uma mensagem criticando uma religião de origem africana. Realmente, ninguém vai esquecer seu show!", disse outro, de nome Arthur. 

Na umbanda, no candomblé e em outras religiões com raízes africanas, a persona do Tranca Rua ou Tranca-Ruas é conhecida como uma entidade protetora, uma espécie de guardião dos caminhos.

Publicidade
Fonte: Redação Terra
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações