Lutador é investigado pela polícia de Goiás após denúncias de violência contra ex-namoradas

Tiago Gomes de Oliveira acumula acusações por pelo menos oito crimes, segundo a Polícia Civil

10 abr 2024 - 17h05
(atualizado às 17h16)

A Polícia Civil está investigando o lutador de jiu-jitsu Tiago Gomes de Oliveira, de 41 anos, acusado por pelo menos oito crimes previstos na Lei Maria da Penha contra ex-namoradas em Goiânia. Segundo a polícia, três vítimas já registraram denúncias por crimes como agressão física, violência psicológica, ameaça, estupro e transmissão proposital de infecções sexuais.

Ana Elisa Gomes, delegada da Delegacia Estadual de Combate a Violência Contra a Mulher responsável pelo inquérito, conta que Oliveira já é conhecido na delegacia por ter passagens anteriores. “Ele tem ocorrências registradas desde 2016. É uma pessoa conhecida no âmbito da violência doméstica quando se fala em ação policial” afirma.

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Lutador foi preso durante competição no Ginásio Rio Vermelho em Goiânia
Lutador foi preso durante competição no Ginásio Rio Vermelho em Goiânia
Foto: Reprodução/X/@panisset_de

As atuais denúncias investigadas teriam ocorrido entre 2022 e 2023, mas só foram registradas no início de abril quando as três vítimas decidiram ir até à delegacia juntas.

De acordo com as mulheres em depoimentos prestados à Polícia, Oliveira se mostrava inconformado com o rompimentos das relações então dava início a violências e ameaças. Entre as ameaças relatadas estava a divulgação de conteúdos sexuais, que eram produzidos sem o consentimento das vítimas.

No dia 7 de abril, o lutador participava de um campeonato de jiu-jitsu em Goiânia quando encontrou duas das mulheres. “Durante o evento, ele voltou a ofendê-las, ameaçou uma delas. Nesse momento chamaram a polícia, que compareceu e fez a prisão”. Oliveira foi preso em flagrante na Delegacia da Mulher pelos crimes de ameaça e injúria.

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O homem chegou a ter a prisão preventiva decretada mas foi solto na última terça-feira, 9, por efeito de um habeas corpus solicitado pela defesa. Os advogados que representam Oliveira não foram localizados pelo Estadão.

A prisão em flagrante foi paralela à investigação da Polícia Civil que segue os trabalhos sobre as denúncias registradas no início do mês. “Temos trabalhado para reunir elementos para que todos os crimes sejam de fato comprovados e a gente possa indiciá-lo por todos eles”, afirma Ana Elisa.

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