Preta Lagbara, mãe do menino de 4 anos que teve a imagem do rosto tatuado no corpo de uma pessoa desconhecida sem autorização, usou suas redes sociais no último domingo (11) para relatar os ataques racistas que vem sofrendo por seguidores e admiradores de Neto Coutinho, profissional responsável pela tatuagem.
“Estão vindo ao meu direct, tentar tirar o resto de sanidade que me resta, tentando me desestabilizar, que inclusive são perfis públicos”, contou. Ela disse ainda que reuniu as informações e vai à delegacia “expor as fotos e os nomes” dos autores das mensagens.
"O rosto do meu filho continua no corpo de um homem estranho. E quem se dizia arrependido, quem pediu desculpas a mim e ao meu filho, segue a vida trabalhando tranquilamente, enquanto estou aqui, sem dormir, sem conseguir produzir na faculdade, sem conseguir gerir minha empresa. Exausta, abalada psicologicamente e fisicamente", escreveu em uma publicação. Veja:
Releembre o caso:
Foi o fotógrafo Ronald Santos Cruz que usou suas redes sociais para denunciar que uma de suas fotografias havia sido usada por um tatuador sem o seu consentimento e sem autorização dos responsáveis do menino. O tatuador Neto Coutinho conquistou um prêmio, o segundo lugar na categoria Portrait, com a tatuagem do rosto de Ayo, filho de Preta.
Na época, IyáPreta Alágbára, mãe da criança, afirmou que o que mais a entristece é saber que o tatuador, um homem branco, tem a certeza que vai poder usar a foto de uma criança preta sem sofrer represálias. "Tentamos contato com ele de todas as formas e fomos ignorados. O cara é famoso e ganhou um prêmio com a foto do meu filho. Uma criança que sequer ele conhece", escreveu.