Após o governo de Giorgia Meloni aprovar uma lei que permite a remoção do nome de mães LGBTQIA+ não-biológicas de certidões de nascimento, a medida começou a ser aplicada pela cidade de Pádua, localizada no norte da Itália. Roma já havia desafiado o encaminhamento da premiê, mas Pádua foi a primeira cidade a cancelar as certidões. As informações são da CNN Internacional.
Segundo o veículo, 33 crianças tiveram os nomes das mães não-biológicas removidos das certidões de nascimento. O número se refere às crianças que foram concebidas por meio de inseminação artificial e então registradas no país, no governo do prefeito Sergio Giordani. A medida também certifica que só o pai ou a mãe biológica da criança pode ter o nome na certidão de nascimento, uma vez que o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a barriga de aluguel são ilegais no país.
De acordo com a ministra da Família, Eugenia Roccella, não existe discriminação contra crianças de casais LGBTQIA+. Em junho, ela disse ao Parlamento que as crianças teriam acesso a educação e saúde, assim como as crianças que têm só um dos pais vivo.
A medida, no entanto, afeta os direitos dos pais não registrados, pois eles irão precisar de uma autorização para realizar certas tarefas, como buscar a criança na escola, por exemplo.
No último fim de semana, mulheres se juntaram para realizar uma manifestação contra a medida. Em um dos cartazes segurados pelas mulheres, lia-se: “A professora ensinou que somos todas iguais. Seu professor não te ensinou?”