Mais oito corpos são encontrados em terra indígena Yanomami

Região vive escalada da violência após assassinato de indígena por garimpeiros no sábado, 29

2 mai 2023 - 18h25
(atualizado às 18h45)
Um dos quatro garimpeiros mortos por agentes de segurança no último domingo (30) na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, era integrante de uma facção criminosa com atuação nacional
Um dos quatro garimpeiros mortos por agentes de segurança no último domingo (30) na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, era integrante de uma facção criminosa com atuação nacional
Foto: Polícia Federal/Divulgação

Mais oito corpos foram encontrados boiando em um rio na terra indígena Yanomami, em Roraima. No mesmo local, um indígena foi morto e outros dois foram baleados após serem atacados por garimpeiros. Esse crime aconteceu no sábado, 29.

Polícia Federal (PF) enviou equipes de grupos de elite ao local para conter a escalada de violência. Os corpos foram encontrados boiando em um rio na noite de domingo, 30, após um sobrevoo na região. As vítimas não são indígenas e estavam em uma área ocupada por garimpeiros. 

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As informações são do Correio Braziliense. O Terra entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Horas depois do assassinato do agente de saúde indígena Ilson Xirixana, uma aeronave que levava agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ibama, e já estava em solo, foi atacada por homens que fazem a extração ilegal de minério. Os políciais revidaram e quatro garimpeiros foram mortos. 

O que diz o governo federal

As ministras Marina Silva, do Meio Ambiente, e Sônia Guajajara, dos Povos Originários, sobrevoaram a terra indígena Yanomami, em Roraima, na segunda, 1º. Ambas defenderam a retirada de garimperios ilegais da região e o trabalho integrado com a PF.

"É importante se entender que a ação integrada vai continuar até que se cessem os conflitos e saiam os garimpeiros", falou Sônia. "A Polícia Federal realiza um trabalho de inteligência para identificar não só quem está sendo usado na ponta, mas também quem dá suporte (financeiro e logístico) à ação criminosa", concluiu Marina. 

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Com informações do Correio Braziliense. 

Fonte: Redação Terra
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