O manto tupinambá irá retornar ao Brasil depois de 300 anos na Dinamarca. Atualmente, o Museu Nacional da Dinamarca detém a peça, junto de outros objetos recolhidos após expedições na Amazônia, como outros quatro mantos e objetos dos indígenas Tupinambá.
Entre os séculos XVI e XVII, foram criados 11 mantos desse povo que, atualmente, estão em museus europeus, como na Dinamarca, França, Suíça, Itália e Bélgica. Entretanto, não há solicitações para que os outros artefatos brasileiros sejam devolvidos.
O manto de penas vermelhas de ave Guará voltará para o Brasil em 2024, onde ficará no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Com cerca de 1,80 metro de altura e 80 centímetros de largura, o artefato foi costurado através de uma técnica dos indígenas tupinambá.
Assim como a Dinamarca, outros países estão seguindo a mesma linha e devolvendo objetos saqueados. A Holanda, por exemplo, irá devolver artefatos da Indonésia e do Sri Lanka, roubados no período colonial.
O povo Tupinambá é uma etnia indígena originária do Brasil que historicamente habitou, principalmente, as regiões litorâneas do nordeste. Antes da colonização europeia, os Tupinambás viviam em aldeias dispersas.