Marcius Melhem, de 51 anos, chamou Dani Calabresa, de 41, de mentirosa e vingativa nesta quarta-feira, 24. Por meio de comunicado, o ex-diretor ainda comparou assédio a uma vantagem. A fala de Melhem vem após a comediante citar o suposto caso de assédio que sofreu em recente entrevista.
“Dani Calabresa mente desde o início e sua calculada vingança já está muito clara para todos.
Segue mentindo agora tentando dizer que a TV Globo demitiu Marcius Melhem por assédio na semana em que vem a público um documento em que a própria Globo diz à Justiça, com todas as letras, que não comprovou assédio nenhum", inicia o comunicado da assessoria jurídica de Marcius, enviado ao Terra.
Em seguida, o texto afirma minimiza o suposto assédio e o compara com uma vantagem. "Dani Calabresa já teve sua série de mentiras exposta há tempos. Vale sempre lembrar que o que ela hoje chama de “assédio”, antes era tratado como 'vantagem'”, complementa.
Em entrevista ao Quem Pode Pod, programa de Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme, Dani Calabresa afirmou que comprovou que Marcius Melhem a assediou. A assessoria do ex-diretor nega a comprovação, a comunicação da Globo, por sua vez, não se pronunciou até o momento. O espaço segue aberto para futuras atualizações.
Relembre o caso
Melhem é investigado desde dezembro de 2019, quando Dani Calabresa e outras sete mulheres o denunciaram como "assediador" no compliance da Globo — a investigação interna foi arquivada em janeiro de 2022. Devido a repercussão, ele deixou a chefia da Globo em março de 2020. Cinco meses depois a emissora o demitiu, afirmando que foi em comum acordo.
Em janeiro de 2021, Melhem processou Dani Calabresa pedindo uma indenização de R$ 200 mil em danos morais. O processo está em segredo de Justiça. Em julho de 2021, o Ministério Público encaminhou a denúncia criminal à Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher no Rio de Janeiro), que instaurou inquérito. O caso corre em segredo de Justiça. Em julho de 2022, a Globo encerrou o contrato fixo com comediante após sete anos.
Em maio de 2023, a revista Veja divulgou um trecho do processo em que a defesa da emissora afirma que constatou "inadequação do comportamento de Melhem com os seus subordinados, mas não foi possível comprovar de maneira irrefutável a prática deliberada de assédio sexual".