A atriz Maria Padilha relatou episódios de racismo sofrido por seu filho Manoel, tanto em brincadeiras no shopping quanto em um restaurante.
A atriz Maria Padilha, de 63 anos e mãe de Manoel, um menino negro adotado quando ainda era bebê, compartilhou em recente entrevista alguns episódios de racismo que seu filho já sofreu. Maria o conheceu quando ele tinha apenas cinco meses, depois de sete anos esperando o processo de adoção ser aprovado.
Segundo a atriz, em momentos de brincadeiras no shopping com outras crianças, Manoel era frequentemente o único a levar atenção por fazer bagunça, revelando que primeiramente sempre ficava com dúvidas. “Agora eu já pergunto ‘qual seu nome?’, peço documento”, disse em entrevista à revista Quem.
Em outra ocasião, em um restaurante, Manoel estava dançando perto de um DJ e quando o menino não percebeu o sinal do gerente pedindo para ele sair, um garçom se aproximou para conversar com a atriz. “O garçom veio falar que o gerente tinha pedido para o segurança tirar meu filho de lá”, contou.
Conhecida do dono do restaurante, ela descreveu o momento como horrível, considerando que o proprietário era gay e casado com um homem negro. “Chorei muitos dias, foi muito ruim”, contou à Quem.
Consciente sobre os seus privilégios, Maria compartilhou que sua mãe e avó eram antirracistas. Atualmente, a atriz se esforça para combater o preconceito contra a adoção, também conhecido pelo termo adotofobia. “No nosso caso, a adotofobia vem junto com o racismo”, disse.