Marido de Ana Hickmann cita prints e áudios para pedir fim de medida protetiva

Defesa de Alexandre Correa alega que mensagens enviadas pela apresentadora para agendar encontro do empresário com o filho, justificariam pedido

9 dez 2023 - 16h57
(atualizado às 18h09)
Ana Hickmann e Alexandre Correa
Ana Hickmann e Alexandre Correa
Foto: Iara Morselli/Estadão / Estadão

Alexandre Correa, ex-marido de Ana Hickmann, fez, por meio de seus advogados, um pedido de revogação de medidas protetivas "por não subsistir os motivos que as ensejaram", na última sexta-feira, 8. O Estadão buscou contato com a assessoria de Ana a respeito do tema neste sábado, 9, mas não obteve retorno. A apresentadora registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica em 11 de novembro e também acusa o companheiro em relação à gestão da empresa do casal.

O documento do processo, ao qual o Estadão teve acesso, foi protocolado na Vara de Violência Doméstica de Itu, assinado pelos advogados Diva Carla Bueno Nogueira e Enio Martis Murad. Ele também solicita que sejam "revogadas as medidas protetivas que restrinjam o direito do requerente manter contato pessoal e direito, sem qualquer vigilância ou supervisão com o filho, bem como de frequentar suas empresas".

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Constam ainda a reprodução de prints (capturas de tela) com trocas de mensagens entre Alexandre Correa e Ana Hickmann em relação ao filho, chamado pelo casal de "Alezinho".A primeira mensagem mostrada por Correa teria sido enviada por Ana, em que consta: "Olá, sobre sua visita com o Alezinho. Essa semana será dada a data".

Entre os nove prints anexados ao pedido, não há a íntegra da conversa, mas constam trechos da negociação de dia para que Correa visite o filho, e o pedido de Ana para que isso seja feito na presença dos avós do menino, além de comentários sobre a desocupação de um apartamento. A defesa de Correa argumenta que "se a própria beneficiária das medidas protetivas não se sente constrangida em manter contato com o requerente, forçoso convir pela desnecessidade de manutenção das restrições judiciais".

Também foram anexados no documento trechos de alguns áudios enviados por Ana Hickmann, também sem a contextualização da íntegra. Em um, Ana diz: "Eu só comecei a falar porque você disse ao Alezinho que iria até a casa do amigo buscá-lo. Você não pode buscá-lo".

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"Você, por favor, acate as determinações. Como você abriu mão publicamente, já, da guarda compartilhada, que aliás, você não abriu mão, a Maria da Penha me protege e protege nosso filho contra isso, tá? A visita é assistida, na casa dos seus pais, local de segurança para ele, ok? Você não vai sair sozinho com o nosso filho", comenta, em outro.

Em mais um áudio, Ana Hickmann pede a Correa: "Por favor, não use os meus áudios, não coloque as nossas conversas sobre o nosso filho a público."

No pedido de revogação da medida protetiva, os advogados de Correa justificam: "O Ministério Público, invocando suspeitas de que a suposta vítima estaria a sofrer violência patrimonial, insiste na imposição de restrição para o requerente não frequentar a sede da empresa cujo capital é detentor em 50%".

"Há que ser informado a este juízo que, no dia 04/12/2023, a suposta vítima, sponte própria, por mensagens de WhatsApp, entrou em contato com o requerente para tratar sobre o convívio do filho do casal, não havendo nenhum desrespeito por parte do requerente à restrição judicial.

O requerente esclarece que estava conversando com seu filho por vídeo via celular e combinando que buscaria o menor na quarta-feira, a suposta vítima, que estava ao lado e escutando a conversa, logo após lhe enviou mensagens impedindo o genitor do convívio no dia acertado.

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Ora, se a própria beneficiária das medidas protetivas não se sente constrangida em manter contato com o requerente, forçoso convir pela desnecessidade de manutenção das restrições judiciais, o que, evidentemente, não impede este juízo de voltar a decretá-las se sobrevierem motivos que as justifique".

Os advogados de Correa ainda destacam trecho de lei que diz: "O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem".

O Estadão buscou contato com a assessoria da apresentadora, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Mais cedo neste sábado, 9, Ana Hickmann postou um conteúdo publicitário no Instagram com um vídeo que "nessa nova fase da minha vida, tudo o que eu mais quero é ser livre para correr atrás dos meus sonhos e objetivos".

"Algo que eu achava que já tinha, mas, na verdade, só comecei a ter de verdade, a sentir e a viver isso há pouco tempo. Quando a gente fala de liberdade, não é a liberdade de fazer aquilo que você bem quer. É muito mais do que isso. Liberdade de pensar, de escolher, de agir, de sorrir, de escolher aquilo que eu acredito que é o melhor para mim", diz.

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Na última quinta-feira, 7, o Estadão revelou que Ana contratou um perito criminal que já trabalhou para defesa de Lula na Lava Jato para investigar a gestão administrativa de Correa nas empresas das quais o ex-casal é sócio. Os dois teriam dívidas que somam ao menos R$ 5 milhões e este seria um dos motivos da discussão que gerou a agressão. Saiba mais sobre o caso aqui.

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