Um médico de 55 anos foi preso na última semana por importunação sexual contra uma enfermeira, 23, em um posto de saúde de Adrianópolis, na Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná. Ao Terra, o delegado responsável pelo caso informou que Claudio de Oliveira possui mais de 50 passagens pela Polícia Civil, entre elas homicídio, assédio sexual, violência doméstica e ameaça.
A prisão dele ocorreu na quarta-feira, 10, mas ganhou visibilidade nesta semana, após imagens do crime serem divulgadas nas redes sociais. O vídeo mostra o momento em que ele espera a enfermeira passar, e a agarra. A funcionária acionou a Polícia Militar e ele acabou preso.
Conforme o delegado Mario Sérgio Bradock, já na delegacia, ele quis ameaçar os policiais, e tentou contar vantagem pela irmã também ser médica. “Ele entrou em surto, e falou que se aquilo que ele tinha feito era crime, nós iríamos ver o que que vai ser crime daqui pra frente”, contou a autoridade.
Claudio de Oliveira tem 32 anos de profissão, conforme afirma o delegado, mas nunca construiu nada durante a vida. “Tem algumas coisa para a pessoa que tem 30 anos de serviço e não tem uma casa, eu não tenho carro. Está fazendo o que aqui na vida? E médico, profissão que milhares de pessoas gostariam de ter”, destaca.
De acordo com a Polícia, uma das passagens que o médico responde é pelo homicídio de um paciente, no estado de Santa Catarina. Bradock afirma que pelo que se sabe, foi devido a um erro médico grave. “A pessoa acabou na UTI, era uma senhora pelo jeito, e acabou morrendo em virtude das técnicas clínicas que ele aplicou de maneira totalmente errada”, explica.
Após a prisão da última semana, ele pagou fiança e foi liberado. Agora, o Ministério Público apresentou a denúncia contra Claudio e já pediu a cassação do CRM dele. Os funcionários da unidade também estão com uma medida protetiva em vigor contra o profissional, que não pode se aproximar.
O Terra tentou localizar a defesa do médico, mas não conseguiu. O espaço permanece aberto para qualquer manifestação. A reportagem também tentou ter acesso às denúncias feitas contra o profissional em Santa Catarina, mas não teve retorno da Polícia Civil e Tribunal de Justiça do Estado.