Um homem identificado como Alberto Deluchi, de 70 anos, que se apresentava como médium espiritual, está sob investigação por crimes sexuais na cidade de Porto Alegre. As acusações incluem pelo menos dois casos de violação sexual mediante fraude e um caso de estupro de vulnerável. Um dos abusos alegados ocorreu enquanto a vítima estava internada em um hospital. A mulher de Alberto também está envolvida nas acusações. A defesa do casal optou por não se pronunciar, citando o sigilo do processo.
De acordo com as autoridades do Ministério Público, os supostos crimes foram perpetrados tanto em um centro espírita quanto na residência do casal. Nas ocasiões em que as vítimas buscavam ajuda para problemas de saúde, elas eram submetidas a atendimentos espirituais por Alberto, que alegava ser um médium. Entretanto, a Polícia Civil não confirmou a autenticidade de suas ações como médium.
A delegada responsável pelo caso, Fernanda Hablich, afirmou que embora não possam afirmar sua condição como médium, é evidente que ele utilizava a alegada mediunidade para cometer os crimes. A esposa de Alberto, Arlete Deluchi, teria desempenhado um papel ao facilitar os abusos, retirando demais pessoas da sala quando as vítimas eram atendidas na residência do casal.
Uma das vítimas relatou que procurou Alberto Deluchi em busca de auxílio para sua doença, momento em que teriam ocorrido os abusos. A vítima descreveu como ele teria passado as mãos sobre seu corpo e a apertado de maneira inapropriada, gerando grande desconforto. Em outro incidente, Alberto teria visitado a vítima no hospital enquanto ela estava na UTI, e durante o suposto atendimento espiritual, ele teria cometido atos similares. A Federação Espírita do Rio Grande do Sul afirmou que o suposto médium não está afiliado à instituição e alertou sobre a importância de orientações espirituais ocorrerem com a presença de testemunhas.
Após a conclusão das investigações, Alberto Deluchi foi denunciado pelo Ministério Público por estupro de vulnerável e outros crimes. Embora o MP tenha requerido sua prisão devido a incidentes ocorridos em um centro espírita, a Justiça a negou, levando em consideração sua residência fixa e a falta de antecedentes criminais. Também foram relatados abusos ocorridos há mais de 30 anos, porém, devido à prescrição legal, esses crimes não podem ser punidos judicialmente. No entanto, esses relatos contribuem para o processo em andamento na Justiça.
Com a informação G1.