Alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Civil nesta quinta-feira, 7, na investigação de um vídeo íntimo com menor, o vereador Gabriel Monteiro (PL) também enfrenta acusações de estupro e assédio sexual e moral por assessores e ex-funcionários.
De acordo com informações da TV Globo, testemunhas que trabalham para o vereador relataram às autoridades que Gabriel Monteiro realizava orgias em sua casa, localizada em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Um dos funcionários do parlamentar disse em depoimento que chegou a ver meninas saindo chorando de festas organizadas por Monteiro, aparentando terem sido estupradas na casa. A mesma testemunha acrescentou ainda que costumava a encontrar o vereador virado de festas quando chegava a sua residência.
Operação
Segundo imagens da TV Globo, policiais realizam buscas na casa do vereador na Barra da Tijuca (RJ) e também em seu gabinete na Câmara do Rio. Além de Monteiro, outras seis pessoas também são alvos da operação.
Pelo vídeo íntimo com um menor, Gabriel pode responder pelo crime de distribuição de material pornográfico envolvendo criança ou adolescente, cuja pena chega a seis anos de prisão.
De acordo com a TV Globo, o vereador e a menor que aparece nas imagens afirmam que tanto a relação sexual quanto a gravação do vídeo foram consensuais. O vereador alegou ainda que a adolescente lhe disse que era maior de idade. Ele também acusou ex-assessores de vazarem o vídeo para prejudicá-lo.
Processo
Gabriel Monteiro enfrenta um processo no Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio que pode levar a cassação do seu mandato. Na terça-feira, 5, os sete membros do Conselho decidiram abrir a ação contra o vereador acusado de estupro por quatro mulheres. Além disso, ex-funcionários o acusam de praticar assédio moral e sexual. O vereador nega as acusações. Para que Monteiro seja cassado são necessários 34 votos (dois terços dos 51 parlamentares).
O prazo de tramitação do processo varia conforme as circunstâncias, mas é estimado em cerca de 80 dias, o que indica uma possível decisão na segunda metade de junho.
Para a decisão, os vereadores consideraram principalmente vídeos em que Monteiro supostamente orienta as falas de uma criança e em que ele presumidamente manipula a conduta de um morador de rua.
* Com informações do Estadão Conteúdo