"Eu acho que eu não vou ficar com muitas sequelas físicas, mas a minha alma está destruída", disse a empreeendedora Ive Dourado, de 35 anos, ao 'Fantástico'. Ela foi vítima de agressão por parte do ex-marido, Humberto Fernandes de Azevedo, na porta de casa na madrugada da última segunda-feira, 2, na Zona Norte do Rio de Janeiro e teve o nariz quebrado e ficou internada no CTI por quatro dias. Humberto está foragido.
À TV Globo, ela contou que estava separada desde março e o divórcio ocorria de forma tranquila, mas há cerca de duas semanas o ex-marido passou a persegui-la.
"Ele aceitou de início. Entendeu, lamentou... Só que quando eu comecei a sair, a passear com as minhas amigas, a ir para a noite, começaram os meus problemas. Isso tem duas semanas, que ele começou com agressão verbal. Me xingando de piranha, que eu não devia sair, que eu tenho uma filha, que eu queria vadiar. Mas até então eu estava só entendendo, está ferido, está sentindo que dessa vez eu realmente não vou voltar", disse.
Mas, no dia 2 de maio, Humberto ficou de tocaia esperando Ive voltar para casa dela. Quando a mulher estacionou, ele a atacou e a espancou dentro do carro dela. "Eu não tive tempo de reagir, porque ele já montou em cima de mim e começou a desferir muitos golpes no rosto", relembrou.
"Eu dizia: 'você está me machucando, você vai me matar, eu sou a mãe da sua filha'. E ele dizia: 'é por isso mesmo. Isso não são horas de você chegar em casa, você tem uma filha de três anos. Você não tem que chegar em casa a esse horário'."
Ive contou ao 'Fantástico' que chegou a pedir desculpas para o ex-marido durante as agressões esperando que ele parasse. "Eu dizia, desculpa, eu não vou fazer isso de novo, sabe? Quando eu sei que não é a culpa minha... Mas foi o meu jeito de tentar parar aquele monstro em cima de mim, sabe? E nem assim ele parou. Eu não sei o que que os homens pensam, mas eles não são nossos donos".
A empreendora disse que espera que o ex-marido pague pelo que fez na prisão. "Eu acho que eu não vou ficar com muitas sequelas físicas, mas a minha alma está destruída. Eu estava solteira. Ainda que eu quisesse fazer qualquer coisa, que eu não fiz, mas ainda que eu quisesse fazer, era o meu direito, era meu corpo, era a minha vida. Eu só espero que ele seja preso para poder andar em paz na rua, só isso que eu quero: andar em paz", falou.