O Ministério Público Federal (MPF) defendeu, em parecer apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que o ex-jogador Robinho cumpra no Brasil a pena de nove anos de prisão pelo crime de violência sexual. O ex-atleta foi condenado na Itália em 2017 pelo ato cometido em 2013.
Após a condenação, Robinho recebeu sentença em outras instâncias. Em janeiro de 2022, a corte da Itália encerrou qualquer possibilidade de defesa que o ex-jogador quisesse apresentar.
A partir de então, a Itália pediu a extradição de Robinho, o que não aconteceu, já que a Justiça brasileira não extradita seus cidadãos. Portanto, as autoridades italianas pedem que a pena seja cumprida no Brasil. A solicitação do MPF concorda com o pedido.
"Respeita tanto a Constituição Federal quanto o compromisso de repressão da criminalidade e de cooperação jurídica do país", disse o subprocurador da República Carlos Frederico dos Santos.
Agora, o STJ irá analisar o argumento do MPF. Em outros momentos do processo, a defesa de Robinho alega que a coleta de provas no caso na Itália não foram condizentes com as normas do Brasil.
Em 10 de outubro de 2020, o clube no qual revelou Robinho, o Santos, anunciou o jogador para atuar na temporada. Porém, a repercursão da notícia não foi boa entre os torcedores e patrocinadores do time. Em meio ao processo, Robinho entregou o passaporte para as autoridades brasileiras.