A ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, falou sobre a crise de saúde pública no território Yanomami durante uma transmissão de vídeo em rede social, ao lado do secretário Especial de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, na terça-feira.
Na declaração, Sônia alertou sobre a complexidade da crise. A ministra informa que, a resolução da crise e a regeneração dos danos causados pelo garimpo ilegal levarão tempo.
"São anos de descaso do poder público", disse a ministra em vídeo. "Foram décadas de invasão para chegar a este ponto, pode levar décadas para restabelecer tudo", completa.
Nos últimos anos, a presença dos invasores chegou a 20 mil garimpeiros ilegais, segundo dados do Ministério dos Povos Indígenas. "É uma situação de décadas, que se intensificou muito nos últimos anos, onde se tinha essa conivência do governo com a questão do garimpo ilegal", complementa a ministra.
Sobre as políticas públicas, Sônia afirma que esse será o ano de "sair das ações emergenciais e entrar nas medidas permanentes".
O secretário lembrou que, junto à invasão dos garimpeiros, surgiram outros problemas, como a conexão com o crime organizado, o envenenamento por mercúrio e o aliciamento de indígenas.
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