A jovem Carla Cristina foi desclassificada de concurso de beleza por ser mãe, segundo as regras do Miss Mundo. Ela expôs ter pago R$ 5 mil para participar do concurso e se sentir enganada por não terem esclarecido esse critério.
A jovem Carla Cristina, que iria representar o Acre no Miss Brasil Mundo, fez um desabafo nas redes sociais após perder seu título por ser mãe. Chorando, Carla contou ter vendido rifa e sopa para conseguir arcar com o valor da inscrição para participar do concurso.
"Era um valor bem alto, R$ 5 mil, e eles não trabalham com reembolso. E eu quero pedir desculpa aos meus patrocinadores, para quem estava me apoiando, quem acreditou em mim e me estava me ajudando a chegar no concurso mais bonita", disse, ainda aos prantos.
Carla contou ter sido informada na manhã de quarta-feira, 7, de que estava desclassificada por ser mãe. Ela detalhou que sabia dessa regra para o Miss Mundo, mas que havia checado e teriam lhe dito que não havia problemas para o Miss Brasil Mundo.
"Eu disse 'são franquias diferentes, tem certeza que o CNB (Concurso Nacional de Beleza) pode?' E me deram a certeza que sim", afirmou.
"Eu não vou desistir dos concursos. Eu pretendo participar novamente, mas não desse. É isso, eu não sou mais a Miss Acre", finalizou Carla Cristina.
Em suas redes sociais, Carla costuma compartilhar registros com a filha, de 1 ano. Ela ressaltou que nunca escondeu sua maternidade, e, por isso, se sentiu enganada.
Em nota, o CNB disse que Carla Cristina foi eleita Miss Acre Mundo 2023 em um concurso realizado em outubro do ano anterior, por Sidney Lins, coordenador estadual do CNB no Acre.
A organização diz que Sidney não sabia que Carla Cristina era mãe. Além disso, explica que o critério de não aceitar mães nem mulheres casadas está relacionado às regras do Miss Mundo.
"Esclarecemos que, como uma organização licenciada de uma competição internacional, devemos seguir as regras do mesmo, independente da nossa própria visão ou vontade. Não temos absolutamente nada contra mães, muito pelo contrário", diz o texto.
O CNB acrescentou não ter responsabilidade sobre a transação financeira feita entre Carla e o seu coordenador estadual.
O Terra não encontrou o contato de Sidney Lins, o espaço permanece aberto para manifestação.