Modelo Letticia Muniz critica volta da magreza na moda: “Diversidade não é favor”

A influenciadora diz que acreditou que o debate sobre a normalização de corpos fora do padrão havia avançado, mas hoje se vê frustrada

15 mar 2024 - 12h07
(atualizado em 3/4/2024 às 09h46)
Resumo
Letticia Muniz, modelo, influenciadora e apresentadora de TV, usou as redes sociais para criticar a volta da moda dos anos 2000, que valoriza a magreza e segrega corpos fora do padrão.
“É triste ver tudo que a gente tanto lutou sumindo dia após dia", disse Letticia Muniz
“É triste ver tudo que a gente tanto lutou sumindo dia após dia", disse Letticia Muniz
Foto: Reprodução/Instagran/letticiamunniz

Letticia Muniz, modelo, influenciadora e apresentadora de TV, usa as redes sociais para falar de amor-próprio e aceitação de corpos fora do padrão. Em vídeo de desabafo, publicado na última quinta-feira (14), ela criticou a volta da moda dos anos 2000, com tendências que valorizam a magreza. 

A modelo observou, ainda, que as marcas de roupa, sapato, beleza, têm deixado a diversidade de lado e contratado apenas aquele mesmo tipo de “it girl” que existia lá atrás, ou seja, brancas, magras, com alto poder aquisitivo. 

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“Realmente acreditei que as coisas estavam mudando, um dos meus maiores sonhos era de que as marcas não segregassem corpos. Temos uma nova leva dessas ‘it girls’ que são muito parecidas em gênero, número e grau.”

Ela também apontou a moda como responsável por mulheres odiarem seus corpos, impactando a autoestima de quem não se vê representada nos padrões estéticos. 

“Diversidade não é moda, é realidade. Diversidade não é favor, é representação do seu cliente e é direito dele se ver ali e não se sentir obrigado a odiar sua própria imagem. Será que a indústria da moda não enxerga o quanto é responsável por destruir a autoestima das mulheres?”, escreveu. 

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Em lágrimas, Letticia explicou que muitas mulheres gordas se culpam: “O que a gente fez de tão errado para termos o corpo que a gente tem", reflete sobre autocobrança. No vídeo, ela ainda se diz triste e frustrada.

“É triste ver tudo que a gente tanto lutou para evoluir sumindo dia após dia e voltando a ser o que era, a sensação de impotência é grande e, às vezes, sinto até que não tenho força de verdade para ajudar a mudar essa realidade.”

Para a influenciadora, as marcas não queriam ser canceladas ou estar fora da ‘moda’ de gente aceitando ser diferente. E que, em geral, não se preocupam verdadeiramente com diversidade. 

Fonte: Redação Terra
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