Morre Karol Eller, influenciadora bolsonarista que esteve no 8 de Janeiro, aos 36 anos

Ela se filiou ao PL pelas mãos de Jair Bolsonaro e tinha planos para as eleições de 2024; homossexual, era considerada uma destacada liderança da direita

13 out 2023 - 09h36
(atualizado às 15h34)

A influenciadora e assessora parlamentar Karol Eller, apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), morreu nesta quinta-feira, 12, em São Paulo, aos 36 anos. A informação foi confirmada por políticos da direita e por uma publicação feita horas depois nas próprias redes sociais da influenciadora.

A youtuber Karol Eller em encontro com o presidente Jair Bolsonaro
A youtuber Karol Eller em encontro com o presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução/Instagram Karol Eller / Estadão

Karol Eller esteve em Brasília durante o 8 de Janeiro, quando fez transmissão dos atos pela internet. Ela negava taxativamente envolvimento ou apoio às ações vandalismo. Ela era conhecida pela militância em favor de Jair Bolsonaro. Também tinha relação próxima com os filhos do ex-presidente.

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A presença nos atos rendeu a ela a perda do cargo que tinha em escritório da agência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Rio de Janeiro. Posteriormente, em março de 2023, foi admitida como assessora especial do deputado estadual paulista Paulo Mansur (PL).

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Abertamente homossexual, Karol costumava ser citada por políticos à direita para negar acusações de homofobia. Em julho, ela se filiou ao PL em evento na Alesp que contou com a participação de Bolsonaro. A influenciadora tinha planos para as eleições municipais de 2024. O partido a tratava como "destacada liderança jovem em defesa da política de direita e do governo Bolsonaro".

No mês passado, a jovem se converteu à fé cristã e divulgou uma nota afirmando ter renunciado à "prática homossexual, aos vícios e aos desejos da carne para viver Cristo". O anúncio foi feito após um retiro religioso.

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Antes de confirmada a morte, o perfil de Karol Eller no Instagram publicou mensagens com afirmações como "perdi a guerra" e "lutei pela pátria"
Foto: Reprodução/Instagram/karolelleroficial

A morte gerou consternação entre lideranças políticas. "Recebi com muita tristeza a notícia da morte da Karol Eller, uma pessoa de coração gigantesco, uma grande mulher. Peço respeito pela história da Karol e orações pela alma dela e pelo conforto de todos. Que Deus a receba!", escreveu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou uma foto em preto e branco com a influenciadora. "Com muito pesar mesmo acabei de receber a notícia do falecimento da Karol Eller. Que Deus em sua infinita bondade conforte familiares e amigos, vai fazer falta por aqui!", disse.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos primeiros a confirmar a morte. "Escrevo isso praticamente sem forças, mas infelizmente Karol Eller veio a óbito. Que o Senhor conforte a vida de seus familiares", afirmou Ferreira.

Em dezembro de 2019, Karol foi agredida em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. A influencer estava acompanhada da namorada e teria sido vítima de um ataque homofóbico. O agressor a atacou com socos e pontapés, deixando a jovem com o rosto desfigurado.

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Como mostrou o Estadão, inicialmente, a Polícia Civil investigava o caso como homofobia, entretanto o rumo da apuração virou quando a delegada do caso, Adriana Belém, concluiu que foi a youtuber que iniciou as agressões após ouvir os envolvidos no caso.

Antes de confirmada a morte, o perfil de Karol Eller no Instagram publicou mensagens com afirmações como "perdi a guerra" e "lutei pela pátria".

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