O Museu da Resistência, em São Paulo, está com a exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência. Ele tem o propósito de contar a história das pessoas negras e a sua busca por direitos na cidade e no estado de São Paulo, abrangendo o período de 1888 até os dias de hoje. A exposição está aberta para visitação até o dia 14 de maio de 2023.
Para o Curador e Sociólogo Mário Medeiros o nome da exposição é uma provocação a realidade que ainda hoje essa população sofre, nas palavras dele "após abolição nós ainda experimentos hoje o racismo e a discriminação racial". A exposição reúne fotografias, cartazes, jornais, documentos da repressão, manifestos e manifestações artísticas das lutas lideradas pela população negra brasileira. A exposição faz um convite para que mulheres e homens negros conheçam a sua historia e lutem por um futuro melhor.
Para a Coordenadora da Ação Educativa Aureli Alves explica que a exposição dialoga o tempo todo com a educação sobre os direitos humanos e afirma que "entendendo que a população negra o tempo todo teve e tem os seus direitos violados" é preciso gerar nesta população uma cidadania ativa, que pode acontecer através das organizações ou dos movimentos sociais, só assim seus direitos poderão ser alcançados.
A mostra acontece em um prédio histórico muito importante, pois durante o regime da ditadura civil-militar lá funcionava o Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops-SP), considerada uma das polícias mais truculentas do país. Ele fica no Largo General Osório, 66 - Santa Ifigênia, São Paulo e recebe visitas de quarta a sexta, das 10h às 18h, em grupos de 10 a 40 pessoas e precisa ser agendado pelo site do museu que é ligado à Associação Pinacoteca Arte e Cultura (APAC).