A jornalista e funcionária do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT/MS), Vanessa Ricarte, de 42 anos, morreu nesta quinta-feira, 13, em Campo Grande.
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Segundo o MPT/MS, ela foi vítima de feminicídio. O suspeito do assassinato é o ex-companheiro Caio do Nascimento Pereira, que a esfaqueou na quarta-feira, 12.
"Vanessa Ricarte era uma profissional dedicada e comprometida com a missão institucional do Ministério Público do Trabalho, contribuindo de forma significativa para a divulgação e conscientização sobre os direitos trabalhistas e a Justiça social. Sua perda é um golpe não apenas para a instituição, mas para toda a sociedade, que vê mais uma vida ceifada pela violência de gênero", disse o órgão, em uma nota de pesar.
"Neste momento de dor, manifestamos nossa solidariedade à família, amigos e colegas de Vanessa Ricarte. Que sua memória inspire a luta por um mundo mais justo e seguro para todas as mulheres, e que sua tragédia nos motive a fortalecer as políticas públicas de proteção e combate à violência doméstica", acrescentou o MPT/MS.
O crime
Conforme informações da Assembleia Legislativa do estado (Alems), Vanessa foi esfaqueada pelo ex-companheiro horas depois de registrar um boletim de ocorrência por agressão na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e conseguir uma medida protetiva contra ele.
O crime aconteceu na casa onde o casal morava, no bairro São Francisco. Ela teria retornado para buscar seus pertences. Segundo a TV Morena, afiliada da TV Globo na região, o homem a atacou com três golpes de faca no tórax. Vanessa chegou a ser socorrida e levada para a Santa Casa de Campo Grande, mas não resistiu.
O suspeito foi preso em flagrante pela Polícia Militar e deve passar por audiência de custódia nesta quinta-feira. O Terra também entrou em contato com a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul para mais informações sobre o caso e aguarda retorno.
Durante a sessão na Alems nesta quinta-feira, o 1º secretário da Casa de Leis, deputado Paulo Corrêa (PSDB), repudiou o crime e disse que o suspeito já tinha antecedentes.
"Outras seis mulheres tinham medidas protetivas contra ele. Houve uma falha, ele deveria ter sido preso antes de fazer a sétima vítima", afirmou Corrêa.
A reportagem não localizou a defesa do suspeito. O espaço segue aberto para manifestações.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180).Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.
Saiba mais sobre como denunciar aqui.