O julgamento de Daniel Alves, acusado de estupro contra uma mulher, começou em Barcelona, Espanha. Sua esposa Joana Sanz deverá depor nesse julgamento, apesar das declarações de que queria se separar dele desde a prisão do atleta.
O julgamento de Daniel Alves, acusado de estupro contra uma mulher de 23 anos, em uma boate em Barcelona, na Espanha, começou nesta segunda-feira, 5. A esposa dele, Joana Sanz, deverá depor a favor do brasileiro nessa terça-feira, 6. No entanto, as declarações dela ao longo deste último ano, em que ele esteve preso, podem complicar a situação do atleta. A informação é do site espanhol Sport.
Após a prisão do jogador, Joana deixou claro em diversas ocasiões que queria se separar, e em uma delas, chegou a dizer que o marido se recusou a oficializar o fim da união dos dois, que estavam juntos desde 2015 e se casaram em 2017. “Sim, estamos em processo de divórcio, que ele está recusando e isso complica tudo”, escreveu em um post nas redes sociais no ano passado.
No entanto, ao longo dos últimos meses, houve vários indícios de que o relacionamento deles poderia continuar. Há cerca de duas semanas, foi comunicado que Joana iria depor no julgamento a favor de Daniel Alves, depois de ter sido proposta pela defesa como testemunha.
A jornalista Laura Fa declarou ao Espejo Público que a mulher não acompanha o caso pela televisão nesta segunda-feira, mas que está em contato direto com uma pessoa que está dentro do Tribunal. Além disso, a profissional afirmou que a declaração dela pode variar, e que até hoje, não há qualquer tipo de relação amorosa entre os dois. "Joana Sanz sente-se usada por Alves, não sabe se irá testemunhar a seu favor no julgamento”, diz.
Entenda o caso
No dia 30 de dezembro de 2022, segundo os relatos publicados pela imprensa espanhola, a vítima foi convidada por Daniel Alves para entrar em uma área VIP de uma boate em Barcelona. No espaço reservado, a mulher conheceu o lateral brasileiro e os dois dançaram juntos. De acordo com os jornais, a denunciante relatou que o jogador "levou várias vezes a mão dela até seu órgão íntimo, que ela retirou assustada". Depois disso, os dois teriam entrado em um banheiro, onde o crime teria ocorrido.
A mulher teria tentado deixar o banheiro, mas foi impedida pelo agressor. De acordo com o relato, o jogador deixou o banheiro antes da vítima após ter penetrado de maneira violenta até ejacular. A mulher teria saído depois e contado o que aconteceu a uma amiga.
Após o ocorrido, a vítima teria ido imediatamente a um hospital para fazer exames. Dois dias depois, os resultados constataram DNA de Daniel Alves nos testes feitos pela jovem.
A Justiça espanhola ordenou a prisão do atleta depois de ouvir depoimentos contraditórios do brasileiro. Ao longo da investigação, o ex-Barcelona apresentou diferentes versões sobre o caso. Na última delas, admitiu que teve relações sexuais com a acusadora, mas afirmou que isso aconteceu de forma consensual.
Inicialmente, Daniel Alves foi preso no Centro Penitenciário Brians I, mas foi transferido para o Brians II três dias depois da detenção. A cadeia fica localizada no município Sant Esteve Sesrovires, a 40 km de Barcelona. O lateral trocou de representantes durante a investigação - o advogado que defendia o brasileiro alegou que o caso "estava perdido". A juíza do caso entende que o processo tem provas suficientes para a condenação do jogador.