Mulher chama frequentadores de supermercado de "negrada" e é presa por injúria racial; veja o vídeo

O crime aconteceu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A mulher acabou sendo liberada em audiência de custódia

21 fev 2024 - 14h57
(atualizado às 15h35)
Mulher comete injuria racial em supermercado
Mulher comete injuria racial em supermercado
Foto: Reprodução/ Redes Sociais / Perfil Brasil

Letícia Karam de Assis, 21 anos, foi presa em flagrante por injúria racial ao chamar clientes de um supermercado de "negrada". O crime aconteceu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na última segunda-feira (16). A mulher acabou sendo liberada em audiência de custódia, ao passo que o registro do caso repercutiu nas redes sociais.

A vítima é Daniel do Nascimento, jornalista, que afirmou em entrevista à Folha de São Paulo que foi agredido física e verbalmente por Letícia e sua mãe. A situação se iniciou por conta de uma discussão por um lugar na fila do caixa do estabelecimento. Primeiramente, a mãe saiu da fila em determinado momento para ficar na fila ao lado junto de Letícia. Logo depois, ela tentou retornar à fila e esbarrou em Daniel. Em seguida, eles começaram a discutir, pois o jornalista disse que ela deveria escolher onde ficar.

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"A filha dela começou a me insultar, dizendo que eu era um lixo, um pobre coitado e 'neguinho feio', contou Daniel. Ele completou dizendo que foi vítima de arranhões e socos, e que também deu socos para se defender de Letícia. "Eu não me orgulho disso, mas tive que me defender", relatou.

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Em um vídeo, gravado por ele no momento, é possível ouvir a mulher dizendo "Essa negrada, sabe?". Outras pessoas presentes no supermercado passaram a defender Daniel. Elas acabaram se tornando vítimas de agressão também.

Os desdobramentos:

O caso foi registrado na 52ª DP, em Nova Iguaçu. Segundo os investigadores, policiais militares conduziram a mulher até a delegacia e a autuaram em flagrante, porém a justiça concedeu liberdade provisória a ela.

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De acordo com a concessão, Letícia não poderá contatar vítimas ou testemunhas, sair da cidade durante quinze dias e deverá comparecer à 2° Vara Criminal de Nova Iguaçu trimestralmente.

"Estamos em pleno século 21 e parece que o racismo nunca vai acabar", desabafou a vítima.

*Sob supervisão de Lilian Coelho

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