Ao menos quatro mulheres denunciaram por estupro o recrutador de uma empresa de segurança que atua no Aeroporto Internacional do Recife, em Pernambuco. Os abusos ocorreram dentro do local, durante entrevistas de emprego para o cargo de agente de proteção. A informação é da TV Globo Pernambuco.
Em entrevista à emissora, uma das vítimas relatou que o homem, funcionário da GPS Predial Sistemas de Segurança Ltda., apalpou os seus seios, baixou a calça dela e cometeu o abuso. O suspeito ainda a ameaçou para que não contasse a ninguém. O pretexto era que ela, caso fosse empregada, agisse daquela forma na revista de mulheres dentro do aeroporto.
Ao entrar na sala, o entrevistador trancou a porta e mandou a vítima colocar um canivete entre os seios.
"Ele fez normalmente a busca manual em mim com uma blusa normal, sendo que depois ele disse assim: 'Agora desabotoe os três botões da sua blusa, porque se por acaso uma mulher estiver com piercing nos seios, como é que você vai saber que realmente era um piercing?'. Eu não imaginava o que ele iria fazer. Eu pensei que ele iria fazer em mim o procedimento, mas ele colocou as mãos nos meus seios por dentro do sutiã, apalpou, e levantou o sutiã", relembra.
Em seguida, o suspeito pediu que ela posicionasse os joelhos em uma cadeira, de costas para ele, que continuou o abuso. "Ele disse: 'É dessa forma que você tem que ficar procurando a droga nas partes íntimas da mulher'", relata a vítima.
Nesse momento, o homem abaixou a calça da candidata.
"Então, ele introduziu o dedo na minha parte íntima, ele me molestou totalmente, ele me abusou com os dedos. Eu não tive como me defender porque eu não tive reação, na minha cabeça eu queria morrer", desabafa.
A mulher conta que ficou paralisada e completamente em choque, sentindo-se "vulnerável" e "incapaz", visto que sabia que ele estava com um canivete. O suspeito ainda a ameaçou, dizendo que ela não poderia contar a ninguém o que havia ocorrido.
Ainda segundo a emissora, o homem chegou a ser detido e levado para a delegacia, mas como não houve flagrante, foi liberado. A Polícia Civil disse à TV que só vai se pronunciar sobre as investigações após a conclusão do inquérito.
Já a empresa afirmou que tomou todas as medidas necessárias e demitiu o funcionário. Também lamentou o fato, dizendo que não compactua com qualquer tipo de violência e que está colaborando com as investigações.