Mulher é indiciada por lesão corporal e injúria após agredir casal gay em padaria de SP

Jaqueline dos Santos Ludovico disse que era de "família tradicional" e agrediu o casal, verbalmente e fisicamente

12 mar 2024 - 11h38
(atualizado em 10/4/2024 às 18h18)
Resumo
No dia 3 de fevereiro de 2021 ocorreu um ataque homofóbico realizado por Jaqueline dos Santos Ludovico contra um casal gay em uma padaria em Santa Cecília, São Paulo. Ela foi indiciada pela Polícia Civil por lesão corporal e injúria.
O jornalista Rafael Gonzaga, uma das vítimas, relatou o caso nas redes sociais
O jornalista Rafael Gonzaga, uma das vítimas, relatou o caso nas redes sociais
Foto: Reprodução: Instagram/rafaaagonz

A Polícia Civil indiciou a mulher que fez ataques homofóbicos contra um casal gay em uma padaria em Santa Cecília, em São Paulo, por lesão corporal e injúria. O caso aconteceu no dia 3 de fevereiro e foi divulgado nas redes sociais por uma das vítimas, o jornalista Rafael Gonzaga.

Jaqueline dos Santos Ludovico atacou o casal enquanto eles tentavam estacionar o carro em uma vaga livre. A mulher impediu a passagem e começou a discutir com o casal quando eles saíram do carro. De acordo com as imagens, Jaqueline teria jogado um cone contra os homens.

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A discussão continuou dentro da padaria, onde Jaqueline xingou o jornalista e deu um soco no nariz do namorado dele, Adrian Grasson. Na confusão, a mulher disse ser de "família tradicional". "Eu sou de família tradicional. Eu sou branca. Olha a hipocrisia, o mimimi. Chama a polícia. Vamos ver quem vai preso aqui", disse ela.

Desde o ocorrido, Rafael Gonzaga tem usado as redes sociais para pedir justiça e conscientizar seus seguidores sobre a LGBTfobia, como o que fazer nesses casos.

Mulher usa termos homofóbicos ao discutir com homens em SP: 'Sou de família tradicional'
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O jornalista divulgou no Instagram um abaixo-assinado pela aprovação do projeto de lei da vereadora Luana Alves, que cria um protocolo a ser seguido por estabelecimentos em casos de violência derivada de preconceito por orientação sexual e/ou identidade de gênero.

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"Medidas assim são fundamentais para que pessoas LGBTQIAPN+ tenham a segurança e a cidadania respeitada, mas precisamos pressionar para que o projeto seja aprovado", escreveu ele.

Um inquérito policial foi instaurado "para esclarecer todas as circunstâncias dos fatos". A Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância (Decradi) é a responsável pelo caso.

O Terra NÓS entrou em contato com a Polícia Civil e a Decradi para mais esclarecimentos sobre o caso. A matéria será atualizada caso se manifestem.

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LGBTfobia é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de LGBTfobia, denuncie. Você pode fazer isso por telefone, ligando 190 (em caso de flagrante) ou 100 a qualquer horário; pessoalmente ou online, abrindo um boletim de ocorrência em qualquer delegacia ou em delegacias especializadas.

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Fonte: Redação Nós
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