Mulher Filé sofre violência obstétrica que quase mata bebê no parto: 'Me chocou muito'

Yani de Simone, ex-'participante de 'A Fazenda 6', falou pela primeira vez sobre o trauma que sofreu em fevereiro

27 set 2022 - 14h26
(atualizado às 14h42)
Segundo Yani, ela pagou mais de R$ 35 mil a uma unidade de saúde para dar à luz em quarto particular, anestesista, diversos serviços extras.
Segundo Yani, ela pagou mais de R$ 35 mil a uma unidade de saúde para dar à luz em quarto particular, anestesista, diversos serviços extras.
Foto: Reprodução

Yani de Simone, conhecida como Mulher Filé, revelou, pela primeira vez, que foi vítima de violência obstétrica durante o parto de Luna, que nasceu em fevereiro. Em entrevista ao podcast Não é Nada Pessoal, transmitido no YouTube na última segunda-feira, 26, a DJ e ex-participante de A Fazenda 6, da TV Record, confessou que, depois de dar à luz sua filha, passou por um período de depressão.

"Foi uma depressão por causa do parto. Quase perdi a minha filha. Minha filha foi parar na UTI, porque na hora que foi nascer ela emperrou e não saía, ficou sem respirar. Ela poderia, por conta disso, ter sequelas para o resto da vida dela. Graças a Deus não tem. Isso me chocou muito. Toda vez que eu imaginava que poderia ter perdido minha filha por causa de três minutos... Aquilo me deixou mal", relembrou.

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Segundo Yani, ela pagou mais de R$ 35 mil a uma unidade de saúde para dar à luz em quarto particular, anestesista, diversos serviços extras e uma equipe dedicada a ela, mas o médico não apareceu para ajudá-la e todo o procedimento foi feito por uma equipe de enfermeiras.

 

    "Fui tratada que nem uma cachorra. Paguei quarto particular com acompanhante e fiquei das 9h às 16h agonizando numa cadeira sentada, tendo dilatação ali mesmo. Tudo foi muito traumático. Fiquei ali sofrendo, dilatando sentada na cadeira quietinha. Até que comecei a falar: 'Eu não aguento mais'. Estava com seis dedos de dilatação, sentada numa cadeira. Sendo que paguei para ter água caindo nas minhas costas. Eles falavam no hospital que não tinha vaga. Tinha que esperar. Demorou demais", contou.

    "Eles violaram muito os meus direitos... Tudo o que tinha sonhado e planejado, que era ser parto normal para ter toda a vivência da coisa... Mas sabendo que na hora que o bicho pegasse, teria todo o suporte, eu não tive suporte nenhum. Ficou eu e minha mãe jogadas numa sala o tempo todo, e eles vinham, faziam o exame de toque e saíam", afirmou a DJ.

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