Mulheres denunciam coronéis da Aeronáutica por assédio sexual, diz jornal

Militares teriam sofrido episódios de constrangimento no ambiente de trabalho; denúncia inclui integrante da Guarda Presidencial

12 jul 2023 - 14h41
(atualizado às 16h57)
Aeronave da Força Aérea Brasileira
Aeronave da Força Aérea Brasileira
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Militares mulheres denunciaram oficiais superiores Força Aérea Brasileira (FAB) por assédio sexual. Segundo o levantamento da Folha de S.Paulo, ao menos dois coronéis e dois tenentes-coronéis foram citados em episódios de constrangimento no ambiente de trabalho.

A publicação ainda identificou 17 ações ou inquéritos abertos contra oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica, elite militar formada para comandar tropas. Entre os acusados está também um tenente do Exército que integra atualmente a Guarda Presidencial e um capitão da Marinha que chegou a ser acusado por seis militares. 

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O coronel José Arnaldo do Nascimento foi denunciado pelo Ministério Público Militar sob acusação de assédio sexual contra seis oficiais mulheres que trabalharam com ele, entre 2017 e 2018, em Brasília, quando ele chefiou o Grupamento de Apoio ao Distrito Federal (GAP-DF).

As oficiais relataram "abraços inconvenientes, apertos de mãos diferenciados e 'pegajosos', toques no queixo, nos braços e nos seios, com a desculpa de 'ajeitar' a tarjeta de identificação". Segundo o jornal, a defesa do coronel informou que se manifestará nos autos do processo.

José Arnaldo do Nascimento pediu a aposentadoria cerca de três semanas após ser alvo de registro de ocorrência na polícia. Atualmente ele está na reserva remunerada da FAB.

Em notas, a FAB, o Exército e a Marinha firmaram repudiar os desvios de conduta e declararam investigar e punir os responsáveis

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Integrante da Guarda Presidencial é citado

Tentativa de beijos à força, nudez não solicitada e toques inapropirados durante exames também foram relatados por oficiais em diferentes ações. Outro caso levantado pelo jornal, por exempo, é o do tenente Marcos César Marques, atualmente na Guarda Presidencial. Ele foi acusado de fazer repetidas cantadas invasivas a sós para duas sargentos, em Santa Maria (RS).

Uma das militares relatou que, por temer uma possível invasão de seu quarto, colocou a cama em frente à porta, atrapalhando a sua abertura. A denúncia do Ministério Público Militar afirma que, em depoimento durante a investigação, o tenente não negou os fatos, mas disse que não os considera uma conduta criminosa.

Fonte: Redação Terra
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