A declaração foi dada em entrevista à revista espanhola Vida Nueva, concedida antes de sua viagem a Portugal para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e divulgada nesta sexta-feira (4).
Na conversa, o Papa lembrou da primeira vez que recebeu um grupo de mulheres transexuais no Vaticano. "Elas saíram chorando, dizendo que eu havia dado a mão a elas, um beijo. Como se eu tivesse feito algo excepcional com elas. Mas são filhas de Deus! Ele gosta de você assim", disse Francisco.
O líder católico ainda acrescentou que "Jesus ensina a não colocar limites" e que a Igreja precisa se manter aberta.
"Dialogar com todos é algo que Jesus nos ensinou. E digo mais: quando alguém se fecha ao diálogo, é sinal de fraqueza. Se a Igreja não tem isso que Jesus ensinou, não é Igreja. Todos têm de se sentir escolhidos", ressaltou.
No fim de julho, o Papa já havia dito no podcast oficial do Vaticano que "Deus nos ama como somos", em resposta a uma pergunta de uma pessoa transexual.
Embora considere a homossexualidade um pecado, Francisco defende o acolhimento de todos dentro da Igreja, posição que já lhe rendeu críticas e até acusações de heresia por parte de alas ultraconservadoras do clero.