A cantora Negra Li, de 44 anos, relatou um caso de racismo sofrido junto da filha e da sobrinha, dentro de uma loja de roupas em São Paulo. Ela teria sido ignorada no atendimento. Nas redes sociais, a artista contou que após o mau atendimento, a loja entrou em contato para dar uma "desculpa totalmente equivocada". A informação é do Uol.
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"Estávamos ali esperando quase meia hora. Daqui a pouco duas vendedoras descem. O cara que me atendeu, o recepcionista, ainda falou: 'olha, essa moça aqui chegou primeiro', que era eu. Aí uma das vendedoras não quis nem saber”, relatou em um vídeo.
A cantora continua, dizendo que uma funcionária parecia que iria atendê-la, mas optou por passar outros clientes, que entraram depois dela, na sua frente. "Ela me pediu um momento e começou a atender esse casal, aí falei assim: 'Não, espera aí. Tem alguma coisa errada. Cheguei primeiro e, agora, estou tendo que esperar aqui e as moças que acabaram de chegar já estão lá’”, declarou.
Ao manifestar sobre o caso nas redes sociais e receber apoio de seus seguidores, ela voltou ao Instagram para agradecer pelas mensagens. Negra Li ainda relatou que essa não é a primeira vez que vivencia situações como esta, mas ficou triste por ver a filha Sofia Kymani e a sobrinha, ambas de 14 anos, passarem por preconceito. Segundo a cantora, as duas adolescentes ficaram indignadas com o tratamento, e a incentivaram a falar sobre isso na web.
“Não foi a primeira vez que me aconteceu e acredito que não vai ser a última. Mas dessa vez foi um pouco diferente porque estava com a minha filha e minha sobrinha, e pra elas ainda é novidade. Elas ficaram chocadas, indignadas, eu via no olhar delas, e já 'habituada' com a situação, fui embora. Elas falaram: 'Tia, mãe, você precisa falar. Isso foi horroroso.'”, destaca.
O caso ganhou repercussão, e segundo a artista, recebeu ligações da loja, que deu uma "desculpa totalmente equivocada". “Recebi um áudio da moça tentando justificar o injustificável, falando que foi mal-entendido. O dono também me ligou pedindo desculpas, que as funcionárias trabalham muito tempo lá, que não discrimina ninguém. Pediu para eu não fazer vídeos e prejudicar a loja”, finaliza.
O Terra pediu um posicionamento da assessoria de Negra Li, mas até o momento, não teve retorno. O espaço permanece aberto para manifestações.