Um novo estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) demonstra que a população pobre e negra são as mais afetadas pelas mortes por ondas de calor. O estudo foi realizado pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA), e publicado na revista científica "Plos One".
Com o aumento dos eventos climáticos, as ondas de calor se tornaram mais intensas e prolongadas. Isso acentua os óbitos por doenças crônicas, como pneumonia e problemas cardíacos.
De acordo com a pesquisa, mulheres, idosos, pessoas pretas, pardas e com menores níveis educacionais representam o grupo de maior risco nesses casos.
O ensaio também sugere que as ondas de calor intensificam as desigualdades socioeconômicas do país.
Djacinto Monteiro, um dos pesquisadores do laboratório responsável pelo estudo, comentou sobre a necessidade de se pautar o racismo ambiental nas discussões climáticas.
"Esse resultado traz a importância de que, no contexto das mudanças climáticas, a gente fale sobre racismo ambiental e justiça ambiental", comenta Djacinto em entrevista à Conexão UFRJ.
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