Atacante do Palmeiras e recém-convocado para a seleção brasileira, Endrick Felipe Moreira de Sousa, 17 anos, falou sobre a representatividade negra que carrega dentro e fora dos campos e como deseja inspirar jovens negros a realizar seus sonhos.
"O que a gente quer é colocar os negros no topo. É isso que a gente sempre busca. A luta não vai parar e a gente vai sempre seguir em frente, não vai deixar isso [preconceito racial] abalar a gente. E que a gente possa incentivar outros garotos para se tornarem o que bem quiserem na profissão que eles bem quiserem", diz Endrick em entrevista ao programa "Profissão Repórter", da TV Globo.
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O brasiliense é o segundo jogador brasileiro mais caro da história do país. Endrick foi vendido para o Real Madrid por 400 milhões de reais e completará o time europeu em julho de 2024. O jovem ganhou notoriedade no futebol por seu ótimo desempenho nos times de base do Palmeiras até que, em outubro do ano passado, estreou no time principal do clube paulista.
Endrick teve uma infância humilde e foi através do futebol que o jovem mudou sua vida e de toda sua família. Douglas Ramos, pai do jogador, falou sobre o racismo que percebe através de olhares em ambientes de alto poder aquisitivo.
"Nós estamos em um condomínio de alto padrão e, querendo ou não, a gente acaba furando uma bolha. E, às vezes, algumas pessoas acabam olhando para a gente diferente. O que eu falo, principalmente para o negro, é não abaixar a cabeça para nada. Tenho muito orgulho de ser negro", contou Douglas para o "Profissão Repórter".
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