Nesta segunda-feira, 25 de julho, é comemorado o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. A data foi criada e reconhecida pela ONU em 1992, mas você sabe o motivo? É que no mesmo ano ocorreu em Santo Domingo, na República Dominicana, o primeiro encontro de mulheres negras da América Latina e do Caribe. Este encontro reuniu representantes de 32 países para denunciar o machismo e racismo enfrentado por mulheres negras nas Américas.
No Brasil, a Lei 12.987, de 2014, estabeleceu que também no dia 25 de julho seria celebrado o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra que, assim como a data estabelecida em 1992, também destaca o papel da mulher negra na luta contra a opressão, através da figura de Tereza de Benguela.
Quem foi Tereza de Benguela?
Chamada de "Rainha Tereza" por sua importância e magnitude, Tereza de Benguela foi escravizada, mas fugiu e se tornou líder do quilombo Quariterê, localizado na fronteira do Mato Grosso com a Bolívia. Por duas décadas, ela e o marido José Piolho, outro líder negro quilombola, estiveram à frente da luta e resistência da população negra contra a escravidão. Neste período, ela também coordenou as atividades políticas e econômicas do Quilombo.
Estima-se que Tereza tenha morrido em 1770, porém não existem registros de como isso aconteceu. Uma versão é que ela tirou a própria vida após ser capturada por bandeirantes. Outra é de que Tereza foi assassinada e sua cabeça exposta em praça pública, tornando-se um símbolo da resistência do povo negro.
E aí, você já conhecia o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha? E a história de Tereza de Benguela? Independente da resposta, não deixe de celebrar a data e sua relevância.