O que se sabe sobre a morte da policial Rafaela Drumond?

A escrivã da Polícia Civil de Minas Gerais foi encontrada morta na casa dos pais no dia 9 de junho. Há evidências de que ela teria sofrido assédio no ambiente de trabalho

16 jun 2023 - 16h13
(atualizado às 16h37)

O caso da escrivã da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Rafaela Drumond, encontrada morta na última sexta-feira (9), vem gerando comoção no Estado e nas redes sociais. A mulher de 31 anos foi achada na casa dos pais, na cidade de Antônio Carlos (MG), e a ocorrência foi registrada como suicídio.

A PCMG declarou ontem (15) que foi instaurado um inquérito para apurar os fatos, e que as investigações seguem em andamento em Barbacena (MG). Rafaela atuava como escrivã na Delegacia de Polícia Civil em Carandaí (MG), e de acordo com o chefe do 13º Departamento de Órgão, delegado-geral Alexsander Soares Diniz, a jovem "era uma policial querida pelos policiais e gostava do exercício da profissão".

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Suspeita de assédio

O início da investigação se deu após a Polícia ter acesso a vídeos e áudios gravados por Rafaela, indicando que ela teria sofrido assédio moral no ambiente de trabalho. Após a morte da vítima, o Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG) informou ter recebido informações de que a escrivã vinha sendo submetida a assédio moral e sexual, além de pressão com sobrecarga na Delegacia.

Em nota pública, o Sindicato afirmou que "também há informações sobre casos de afastamento de policiais por questões de saúde mental na regional onde laborava a escrivã, porém infelizmente essa tragédia aconteceu antes de termos a oportunidade de comparecer ao local".

A Corregedoria da PCMG, por sua vez, informou que está averiguando "eventuais transgressões disciplinares" de servidores da instituição no caso. "Buscamos uma investigação isenta, imparcial e profissional; rápida, mas rigorosa, pela exatidão que o fato requer", disse Alexsander Diniz.

Homenagens

Nesta última quinta-feira, que marcou o sétimo dia desde o falecimento de Rafaela Drumond, policiais da PCMG se reuniram para prestar homenagens à colega de profissão. Conforme o portal g1, os servidores fizeram uma oração em conjunto antes de seguirem para uma missa que seria celebrada em Barbacena.

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Em algumas unidades da Polícia Civil de Minas Gerais, um cartaz foi fixado nas portas exibindo o nome da vítima e as palavras "luto", "manifesto público" e "homenagem pela escrivã da Polícia".

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Foto: Reprodução/ Redes sociais / Perfil Brasil
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