O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio de uma operação conjunta com auditores-fiscais do Trabalho, resgatou 24 trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma propriedade rural em São Marcos, no Rio Grande do Sul. Entre os resgatados estava um adolescente de 16 anos.
Os trabalhadores, trazidos da Argentina para a colheita da uva, foram encontrados em alojamentos precários, sem condições adequadas de moradia e higiene. A operação, chamada Vino Veritas, contou com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O arregimentador dos trabalhadores, também argentino, foi preso em flagrante pela PRF e conduzido à delegacia da Polícia Federal (PF) de Caxias do Sul pelos crimes de redução à condição análoga à de escravo e tráfico de pessoas.
Segundo autoridades, os trabalhadores foram aliciados com falsas promessas de emprego, moradia e alimentação. Agora, o MTE e o MPT estão adotando medidas pós-resgate, incluindo o pagamento de verbas rescisórias, encaminhamento do seguro-desemprego e o retorno do adolescente à sua cidade de origem. As investigações continuam em andamento.
A operação In Vino Veritas apura eventuais irregularidades trabalhistas nos estabelecimentos rurais e vinícolas da região da Serra, que concentra a maioria da produção nacional de uva e vinhos.
O objetivo é fiscalizar as mudanças locais como resultado da operação realizada há um ano na região, quando foram resgatados 207 empregados em condições análogas à escravidão, durante a colheita de uvas em três vinícolas de Bento Gonçalves: Aurora, Garibaldi e Salton.
O post Operação flagra 24 trabalhadores em condições análogas à escravidão no Rio Grande do Sul apareceu primeiro em AlmaPreta.