Musk e Zuckerberg são aliados burgueses contra os avanços sociais

A real preocupação das big techs é quanto estão deixando de lucrar por causa das leis que visam mitigar o ódio nas redes sociais

12 jan 2025 - 05h00
Mark Zuckerberg, dono da Meta, responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, surpreende usuários novas regras.
Mark Zuckerberg, dono da Meta, responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, surpreende usuários novas regras.
Foto: Reprodução

Essa semana Mark Zuckerberg, a exemplo do Elon Musk, surgiu falando vários impropérios sobre liberdade de expressão e como alguns países estão impedindo essa tal liberdade. Querendo forçar a falácia da cultura woke e deixando claro que irá lutar contra esse suposto movimento. Para quem não está familiarizado, o termo “woke” surgiu na comunidade negra dos Estados Unidos e é uma variação de tempo verbal da palavra wake que significa acordar. Uma pessoa que está “woke”, é uma pessoa que despertou e vive atenta com as opressões no seu entorno. Um termo que nos EUA foi usado bastante para apontar seu lado político e ideológico.

Se engana quem acha que em algum momento a maioria dos multimilionários e bilionários apoiaram essa ideia de igualdade. Na verdade, o que aconteceu foi que, sobretudo após a morte do George Floyd, uma grande massa se levantou contra as opressões que existem com as pessoas negras e outros tipos de minorias. Como, infelizmente, os EUA são a cabeça de boa parte do ocidente hoje, isso reverberou em vários países de maneira abrupta, de tal maneira que os donos dos meios de produção não tiveram o que fazer se não fingir interesse e comoção pelas causas das minorias.

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Com o passar do tempo essa elite do atraso, que já estavam desgostosos, já que, em pessoas sensatas, a partir do momento que você percebe uma opressão, passa a se questionar sobre outras, começou a perceber que este movimento tinha força a ponto de começar a questionar por exemplo, a exploração do trabalho, a desigualdade social, o fenótipo de quem está no poder e outras coisas que afetam diretamente a burguesia. Acredito piamente que a utilização da palavra woke enquanto termo pejorativo, e toda essa cultura anti woke que já está formada, vem sendo financiada por pessoas que não queriam dar a cara até esse momento onde o extremismo de direita está ainda mais latente em vários paises ocidentais.

A verdade o que eles tentam chamar de cultura woke nada mais é do que a busca por direitos iguais, ou melhor, o que eles querem impor enquanto cultura woke, é quando minorias avançam mais do que o opressor queria que elas avançassem. Por exemplo, eles aceitam que homens gays lutem para não serem agredidos na rua, mas homens gays quererem adotar crianças, já é excesso. Preto lutar contra violência policial eles aceitam, mas preto querer acessar espaços de poder e mudar estruturalmente o racismo, já é excesso. Mulheres poderem trabalhar, eles amaram, afinal, é mais gente para ser explorada, agora mulheres poderem abortar e decidir o que querem fazer com seus próprios corpos, já é excesso.

Ricos são conversadores justamente porque querem se conservar ricos. E para que isso aconteça eles têm que conservar toda a estrutura que os possibilitam serem ricos. Esses ricos, em sua grande maioria, são brancos, homens e héteros, logo tudo que destoa disso é uma ameaça, afinal é mais fácil você brigar uma parcela controlada pelo poder, do que com toda sociedade.

A luta pela igualdade não só ameaça o status quo da elite do atraso, mas a luta pela igualdade foi para cima de pessoas racistas, machistas, homofóbicas, capacitistas de uma forma que começou a prejudicar o rendimento deles nas redes sociais que, em grande parte, é fomentada pela discórdia e briga.

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Essa galera de rede social quer que tenha um racista chamando preto de macaco, para que haja uma galera indo lá repreender ele, para que isso gere bastante engajamento, encoraje outros a fazerem a mesma coisa pra dar ainda mais engajamento, até que isso vire coisa comum e essas tretas deliberadas tomem proporções catastróficas e garantam os lucros das big techs.

Quando Alexandre de Moraes assina um papel que fala que determinados tipos de comportamento não podem ser aceitos, ele quebra essa lógica e causa esse alvoroço nesses dois caras que sozinhos, conseguiram abalar uma luta de milhões de pessoas em apenas 2 pronunciamentos.

O holocausto na segunda guerra mundial não começou com os campos de concentração, e sim por diversos motivos e um deles foi que judeus estavão “roubando” o dinheiro de europus legitimos. Digo europeus porque se engana que foi um movimento estritamente alemão.

O nazismo é o alarme de emergência do capitalismo que é utilizado quando os donos do capital estão perdendo o controle das minorias e vendo seu império tendo possibilidade de ruir. Não há inocência nem boa vontade por trás de Musk e Zuckerberg. O que há é o interesse por poder e dinheiro, tudo será feito para isso, inclusive se aliar com figuras esdrúxulas que em outros cenários jamais seriam cogitadas a cargos de líderes de nações.

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Fonte: Redação Nós
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