A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA) é feita por mulheres indígenas originárias da terra de todos biomas do Brasil e são elas as responsáveis pela Caravana das Originárias da Terra, que acontece desde agosto de 2019, em Brasília (DF).
O objetivo da Jornada é fortalecer o acesso aos direitos e a participação qualificada das mulheres indígenas como protagonistas e multiplicadoras nos espaços de fala e tomadas de decisão política. O propósito da ação é o enfrentamento à violência e às violações de direitos contra os povos indígenas do Brasil.
A união visa proteger a cultura e a identidade milenar sob a perspectiva feminina indígena, além de reconhecer, valorizar e fortalecer os modos de vida dos diversos povos indígenas, realizando práticas de partilha e escuta através de reuniões e rodas de conversa nos seis biomas brasileiros.
Outros trabalhos realizados por elas são: discutir as contribuições que as mulheres indígenas têm feito para conter e combater as mudanças climáticas dentro e fora dos territórios, formar mulheres sobre violência baseada em gênero e violações de direitos, mobilizar e fortalecer coletivos/associação de jovens e mulheres indígenas.
“A Caravana é importante porque lá nós estamos pensando, falando de amor, preocupadas em reflorestar a mente da sociedade e do planeta, lembrando da luta, daquilo que alimenta nossos povos, que é esse chão que pisamos e, para nós, só faz sentido sermos povos indígenas se tivermos a garantia dos nossos territórios. A raiz do Brasil vem de nós, do útero da Terra e de nossas ancestrais. A mãe do Brasil é indígena”, diz Puyr Tembé, coordenadora da Caravana das Originárias 2022.
Para que a Jornada 2022 aconteça, as mulheres pedem apoio e colaboração coletiva através de uma vaquinha online.