Casimiro deu, mais uma vez, um passo à frente em relação à mídia esportiva tradicional. Desta vez não por um novo formato, uma transmissão inusitada ou uma reação engraçada. O streamer ganhou as redes sociais nesta terça-feira, 9, por fazer algo que 1) não deveria ser necessário; 2) sendo necessário, pela sociedade em que vivemos, não deveria ser tão incomum.
Ele se posicionou contra um comentário machista e misógino.
Durante uma live, após a transmissão da partida entre Athletico Paranaense e Flamengo feita pela CazéTV, um seguidor criticou a presença de uma mulher comentando. "Ela vai entrar. Todas e todos vão entrar, todos entram falando. É assim que acontece há dois anos na live", defendeu.
Essa frase já valeria o elogio, mas Casimiro não é qualquer um, e foi direto ao ponto: "É porque tu não gosta de ouvir voz de mulher, eu acho, talvez. Desculpa ser sincero."
Cirúrgico.
À simples presença de uma figura feminina em um ambiente de futebol - seja como jogadora, árbitra, narradora, comentarista ou qualquer outro papel - provoca não apenas estranhamento, mas um ímpeto inexplicável em alguns homens, que por alguma razão (talvez a ciência explique) se veem no direito de atacar.
E normalmente esse ataque não vem a uma atitude específica, mas ao simples fato de ela ser mulher. Porque eles - e aqui faço a ressalva de 'nem todos os homens, mas sempre um homem' -, ao que tudo indica, ainda não entenderam que a mulher pode estar onde ela quiser.
Sorte a nossa que, ainda que a passos lentos, figuras como a do Casimiro estão surgindo para tornar essa luta mais forte.