Um pai está sendo julgado por homicídio culposo pela negligência grave da filha de 16 anos com deficiência.
Kaylea Louise Titford foi encontrada morta em outubro de 2020, deitada em uma cama em meio a lençóis sujos e com obesidade mórbida, na cidade de Newtown, no País de Gales.
A jovem tinha espinha bífida (malformação congênita na coluna) que a deixava com sensibilidade limitada da cintura para baixo, limitando sua mobilidade.
Alun Titford nega ter matado a filha.
Já a mãe de Kaylea, Sarah Lloyd Jones, se declarou culpada da mesma acusação, quando compareceu ao tribunal no País de Gales em 12 de dezembro do ano passado.
A advogada da promotoria, Caroline Rees, disse ao júri que Kaylea usava cadeira de rodas desde pequena.
Quando foi encontrada morta dentro de casa, estava com obesidade mórbida, pesando quase 146 kg.
Além de estar deitada em lençóis sujos, ela tinha várias feridas e áreas de infecção pelo corpo.
A promotoria afirmou que Kaylea morreu porque seus pais falharam em seu dever de cuidados — e isso deu origem a um risco óbvio e grave de morte.
"Suas falhas graves foram ocultadas do escrutínio do mundo exterior a partir de março de 2020 por causa do lockdown nacional imposto durante a pandemia de covid-19", declarou Rees.
"Podemos dizer ainda que a negligência dos pais foi tão grave que foi devidamente caracterizada como criminosa."
De acordo com a promotoria, o argumento de Titford é que embora ele morasse no mesmo endereço, a mãe de Kaylea era a cuidadora principal — e que ele não estava ciente das condições de vida da filha ou da deterioração de seu estado físico.
O julgamento está em andamento.