Palmeiras diz que Conmebol é 'conivente' com racismo sofrido por Luighi e se revolta com punições

Entidade penalizou o Cerro Porteño, mandante do jogo em que atacante sofreu injúrias raciais da arquibancada, com multa de US$ 50 mil e portões fechados

9 mar 2025 - 15h14
(atualizado às 22h20)
Luighi fala após caso de racismo
Luighi fala após caso de racismo
Foto: Reprodução/Youtube/TV Palmeiras

O Palmeiras revoltou-se com as punições aplicadas pela Conmebol ao Cerro Porteño por conta do racismo sofrido por Luighi no confronto entre as equipes na Libertadores sub-20. O clube paraguaio foi multado em US$ 50 mil (cerca de R$ 289 mil em conversão direta) e penalizado com portões fechados, medidas que, segundo o time alviverde, foram "extremamente brandas" e fazem a entidade ser "conivente" com as agressões.

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, manifestou-se a favor da exclusão do Cerro Porteño da competição, sugestão corroborada pelo próprio jogador, que criticou as "cartinhas", como chamadas por ele, somente repudiando o ocorrido e sem atitudes mais assertivas. A dirigente disse que levará o caso à Fifa, que já falou sobre o caso através de publicação de seu presidente, Gianni Infantino.

Publicidade

Para o Palmeiras, as punições não servem para combater o racismo, mas mostra que as autoridades são "coniventes" com o crime "que vem se repetindo incessantemente, bem como a falência de um sistema penal incapaz de punir com o rigor necessário os crimes de racismo cometidos dentro de campo e nas arquibancadas", escreveu.

A nota é finalizada com o clube confirmando que acionará as entidades máximas do futebol mundial e que levará o episódio às últimas instâncias. "Para que o futebol sul-americano possa, enfim, tornar-se um ambiente de tolerância zero ao racismo. As lágrimas do atacante Luighi não serão em vão", concluiu o Palmeiras, lembrando da entrevista emocionada do jogador após a agressão.

Confira a nota do Palmeiras na íntegra:

Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações