Rainha de bateria da Grande Rio, Paolla Oliveira exibe seu título com muita garra e determinação. Lutando contra comentários que falam sobre o seu corpo e o machismo presente no Carnaval, a atriz quer usar sua influência para encorajar outras mulheres.
Paolla Oliveira retomou sua posição à frente da bateria da Grande Rio no Carnaval de 2020, depois de ter ocupado o posto nos desfiles de 2009 e 2010. “Há dois anos o Carnaval se tornou para mim algo mais potente. Hoje posso dizer que ele é um lugar especial de libertação”, disse a atriz em entrevista à Quem.
Alvo de julgamentos e comparações desde o ano passado, Paolla tem se dedicado cada vez mais a mostrar seu corpo real. “Não vou deixar essas críticas me pararem. A indignação virou conteúdo e identificação. Tantas mulheres têm chegado em mim para me agradecer e falar que também não estão mais dando bola para esses julgamentos”, comentou.
A artista compartilhou que, no passado, lidava de maneira diferente com as críticas. Os comentários a entristeciam e afetavam sua autoestima, fazendo com que não se sentisse bem ao se olhar no espelho.
“Eu ouvia o tempo todo que a minha coxa era grossa demais, que eu era muito baixa, que estava cheinha. E eu ouvia isso dentro do meu próprio ofício”, revelou Paolla.
A rainha de bateria acrescentou que, durante o Carnaval, a pressão sobre o corpo da mulher se torna mais evidente e a batalha é permanecer firme em falar e transformar esse cenário. “É sobre tentar trazer mais uma, duas, três mulheres para esse questionamento até que chegue o dia que a gente não precisa mais falar sobre isso”, comentou.