Papa faz oração pelas mulheres vítimas da violência de gênero: "Seque suas lágrimas e de seus entes queridos"

O assassinato de Giulia Cecchettin, estudante de 22 anos morta pelo ex-namorado, provocou comoção em toda a Itália

8 dez 2023 - 13h40
(atualizado às 14h24)
"Hoje, Maria, precisamos de ti como mulher para te confiar todas as mulheres que sofreram violência", disse Papa Francisco
"Hoje, Maria, precisamos de ti como mulher para te confiar todas as mulheres que sofreram violência", disse Papa Francisco
Foto: Reprodução: Instagram/franciscus

Em sua oração à Imaculada Conceição, realizada nesta sexta-feira (8) na Piazza di Spagna, o papa Francisco orou pelas mulheres que são vítimas da violência de homens.

"Hoje, Maria, precisamos de ti como mulher para te confiar todas as mulheres que sofreram violência e aquelas que ainda são vítimas dela nesta cidade, na Itália e em todas as partes do mundo. Seque, por favor, suas lágrimas e as de seus entes queridos", pediu o líder da Igreja Católica.

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O religioso concluiu sua oração ao solicitar ajuda para todos percorrerem o "caminho da educação e da purificação", com o objetivo de "reconhecer e combater a violência aninhada nos corações e nas mentes".

O assassinato de Giulia Cecchettin, uma estudante de 22 anos morta pelo ex-namorado em 11 de novembro, provocou comoção em toda a Itália e colocou a violência de gênero no centro do debate nacional.

Uma multidão se reuniu na última terça-feira (5) em uma basílica de Pádua, no norte do país, para acompanhar o funeral da jovem.

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Francisco não mencionou apenas as mulheres vítimas de violência de gênero em sua oração, mas também as pessoas que vêm sofrendo com a guerra no Oriente Médio e na Ucrânia.

"Precisamos de ti, Mãe, porque a tua pessoa e o próprio fato de existir nos lembra que o mal não tem a primeira nem a última palavra. O nosso destino não é a morte, mas a vida; não é ódio, mas fraternidade; não é conflito, mas harmonia; não é guerra, mas paz. Misericórdia para todos os povos oprimidos pela injustiça e pela pobreza, provados pela guerra", afirmou o religioso.

"Não há paz sem perdão e não há perdão sem arrependimento. Trazemos aqui, sob o seu olhar, muitas mães que, como aconteceu com você, estão de luto. As mães que choram pelos filhos mortos pela guerra e pelo terrorismo. E também as mães que tentam libertá-los dos laços do vício, e aquelas que cuidam deles durante uma longa e difícil doença", acrescentou. .

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