O papa Francisco nomeou três mulheres, duas freiras e uma leiga, para um comitê antes exclusivamente masculino que o aconselha na escolha dos bispos do mundo, disse o Vaticano nesta quarta-feira.
Ele havia divulgado a decisão em uma entrevista exclusiva à Reuters no início deste mês, explicando que queria dar às mulheres cargos mais importantes e influentes na Santa Sé.
As três mulheres são a irmã Raffaella Petrini, uma italiana que atualmente é vice-governadora da Cidade do Vaticano, a freira francesa Yvonne Reungoat, ex-superiora geral de uma ordem religiosa, e a leiga italiana Maria Lia Zervino, presidente da União Mundial das Organizações Femininas Católicas, UMOFC.
As três mulheres estão entre as 14 pessoas nomeadas para o Dicastério para os Bispos, que examina os candidatos e aconselha o papa sobre quais padres devem se tornar bispos.
Os outros 11 nomeados nesta quarta-feira são cardeais, bispos e padres.
Os mandatos duram cinco anos. Antes do anúncio dos 14 nomes na quarta-feira, havia mais de 20 membros. O total flutua à medida que os mandatos expiram, mas geralmente os números do comitê estão entre cerca de 25 a 30.
Os membros do comitê, que vêm de todo o mundo, se reúnem em Roma cerca de duas vezes por mês e enviam suas recomendações ao papa, que toma a decisão final.
"Dessa forma, as coisas estão se abrindo um pouco", disse Francisco na entrevista de 2 de julho à Reuters em sua residência, quando divulgou sua decisão de nomear mulheres para a parte decisória do departamento dos bispos.