Casal vítima de homofobia em padaria de SP relembra episódio durante Parada: 'A gente existe'

Episódio de homofobia sofrido por Rafael Gonzaga e Adrian Grasson Filho viralizou e foi comentado em todo o Brasil

2 jun 2024 - 15h18
(atualizado às 15h45)
Resumo
O casal formado pelo influenciador Rafael Gonzaga e o engenheiro Adrian Grasson Filho, sofreu um grave episódio de homofobia em fevereiro deste ano e, nesta Parada LGBT+ de São Paulo, relembraram o episódio como um processo de resistência e enfrentamento à LGBTfobia.
O engenheiro Adrian Grasson Filho ao lado do influenciador Rafael Gonzaga
O engenheiro Adrian Grasson Filho ao lado do influenciador Rafael Gonzaga
Foto: Alex Jorge/Terra

Para o casal formado pelo influenciador Rafael Gonzaga e o engenheiro Adrian Grasson Filho, a Parada LGBT+ de São Paulo deste ano tem ainda mais importância. Os dois foram vítimas, em fevereiro, de um grave episódio de homofobia em uma padaria na capital paulista. O caso circulou pelas redes sociais e canais de mídia de todo o Brasil pela violência com que foram atacados por uma mulher. Agora, neste domingo, 2, eles relembram a situação e reforçam a sua resistência.

  • O Terra é o veículo oficial da Parada SP, que tem cobertura patrocinada por Vivo, Amstel e L'Oreal

"A experiência que a gente teve lá na padaria não é uma experiência individual. É uma experiência repetida com muitas pessoas dessa comunidade", afirma o influenciador. "As pessoas que estão aqui hoje estão orgulhosas de quem são, e orgulhosas do processo de resistência, de enfrentamento contra a homofobia que é cotidiana, que atinge todo mundo. Então, não tinha outro lugar para estar, tinha que estar aqui hoje, marcando essa resistência, lutando pelos nossos direitos, mostrando que a gente existe e existe em grande número, que a gente tem força, tem voz, e aqui é o lugar pra isso", completou.

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Sobre o processo judicial relacionado ao caso, Gonzaga diz esperar que se torne um exemplo para que mais pessoas denunciem quando forem vítimas de LGBTfobia. O casal acrescenta que a repercussão do ocorrido pode ter ajudado para que a mulher se tornasse ré.

"A gente espera que esse processo seja um recado para a sociedade de punição exemplar, para que outras pessoas que pensem em fazer o que ela fez com a gente entendam que existe lei nesse país e que as autoridades fazem essa lei ser cumprida", diz Rafael Gonzaga.

O influenciador acrescenta que, mesmo com a expectativa de que a mulher seja punida por homofobia, no geral, ele ainda vê como lentos os avanços do Brasil com relação aos direitos da população LGBT+.

"A gente ainda tem índices de violência LGBTfóbica no Brasil que são absurdamente alarmantes, e o governo não trata eles como se fosse algo tão alarmante quanto de fato é. A gente precisa que exista mais mobilização, que não seja só a Parada, mas que a gente tenha vários momentos desses da comunidade LGBT unida, lutando por direitos, pra pressionar as forças políticas a atuarem em defesa da nossa vida", acredita.

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Ele e o marido decidiram adotar as camisas verde e amarelas para a Parada. Os dois foram para o show da Madonna no Rio de Janeiro, em que Pabllo Vittar fez uma participação. "A gente só entendeu a dimensão do que é esse resgate da camisa brasileira quando a gente viveu aquilo lá e viu aquele monte de LGBT em volta da gente com a Pablo e a Madonna carregando a bandeira", diz.

Fonte: Redação Terra
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