Conheça as histórias de Carol e Luana, temas da Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais

22ª edição do evento acontece no próximo sábado (1º), em São Paulo

1 jun 2024 - 06h00
Resumo
22ª edição da Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo, com o tema: 'Pelo fim do lesbocídio e bifobia', para cobrar justiça para as vítimas Carol e Luana.
Carol e Luana serão homenageadas em Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais
Carol e Luana serão homenageadas em Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais
Foto: Reprodução/Instagram

A 22ª edição da Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo acontece neste sábado (1º), na Praça da República. O evento antecede as comemorações da Parada do Orgulho LGBTQIA+. 

  • O Terra é o veículo oficial da Parada SP, que tem cobertura patrocinada por Vivo, Amstel e L'Oreal

Neste ano, a marcha sai pelas ruas centrais da capital paulista sob o tema: “Pelo fim do lesbocídio e bifobia”, pedindo justiça para Carol e Luana. Elas são mulheres lésbicas que foram mortas de forma violenta. 

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Relembre os casos 

Ana Caroline Sousa Campêlo, de 21 anos, vivia na cidade de Maranhãozinho, localizada a 232 quilômetros de São Luís, a capital do Maranhão. Ela desapareceu depois de voltar do trabalho e foi encontrada morta no último dia 10 de dezembro de 2023. 

No local do crime, Carol estava com sinais de tortura. A pele de seu rosto, couro cabelo, olhos e orelhas estavam arrancados.  Na ocasião, a polícia não descartou a possibilidade de um crime de ódio. 

Em janeiro deste ano, a Polícia Civil do Maranhão prendeu um homem que supostamente estaria envolvido no crime. Elizeu Carvalho de Castro, de 32 anos. Foi visto seguindo Carol por uma rua do município antes dela ser encontrada morta. O caso segue sem resolução até o momento, e gerou uma onda de protestos entre mulheres lésbicas de todo o país. 

Outro nome que vai a impulsionar a caminhada lésbica deste ano é o de Luana Barbosa. Ela foi morta em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, em 2016. Negra, periférica e lésbica, ela tinha 34 anos quando foi espancada por três policiais militares no bairro em que morava. 

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Luana recusou ser revistada pelos soldados do 51º Batalhão da PM, exibindo a presença de uma policial mulher. A reação dos oficiais foi de violência. Ela acabou sendo levada para um hospital, mas morreu cinco dias depois. 

De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), anexado ao inquérito, Luana morreu por conta de uma isquemia cerebral causada pelo espancamento. Os envolvidos respondem em liberdade por homicídio triplamente qualificado, quando o crime é tido como cruel, por motivo torpe e sem a possibilidade de defesa da vítima. 

Para a organização da caminhada, apesar do tema ser considerado pesado, ele é importante para chamar a atenção para crimes de violência contra mulheres lésbicas e bissexuais. Sheila Costa, coordenadora de comunicação da caminhada, explicou que fizeram uma pesquisa baseada no Dossiê do Lesbocídio. O documento aponta que as mulheres que mais sofreram com crimes de ódio são, justamente, negras, periféricas e que não perfomam feminilidade. “Escolhemos esses dois casos para representar todas as outras mulheres que sofrem esse tipo de violência”. 

O que você precisa saber sobre a Caminhada 

A concentração acontece a partir das 13h, na Praça da República, no centro da capital paulistana. As representantes do evento estão previstas para falar com o público, junto com parlamentares e autoridades.

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O trajeto terá início às 15h, com um trio elétrico e apresentações artísticas. Às 18h, o trio chega no Largo do Arouche, ainda na região central de São Paulo, com a abertura de um palco para shows, que acontecem até as 20h. 

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Fonte: Redação Terra
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