“Montação é sobre trabalho, é o grande lance da parada”, afirma o documentarista Lucas Mendes.
No ano passado, Lucas produziu o documentário "São Paulo Cidade em Montação", que estreia neste sábado, 10, em comemoração ao Mês do Orgulho, no Centro Cultural da Diversidade, na capital paulista.
Em 87 minutos, o documentário apresenta uma narração 360º da primeira Parada do Orgulho LGTBQIA+ em formato presencial, que aconteceu dois anos após a pandemia. O filme discute os impactos do evento em toda a cidade de São Paulo.
De acordo com o pajubá, um dialeto de gírias LGBT, a palavra "montação" é a ação de se vestir da melhor forma para si mesmo que envolve todo o processo de aplicar maquiagem e vestir roupas para assumir uma personagem. Já no documentário, a montação é vista em todo lugar, da cidade até as pessoas.
“Essa transformação que rola em uma visão macro, vira um empurrão para várias outras transformações”, explica o diretor.
Para Mendes, a parada é um momento de muitas oportunidades para a comunidade LGBTQIA+ para além do evento. “O mundo se volta para São Paulo nesse momento, que se transforma em um grande palco para personalidades LGTBQIA+”, afirma.
A 26ª edição, realizada em 2022, tinha como tema “Vote com orgulho – por uma política que representa”. O objetivo era incentivar o voto em candidatos que apoiavam a causa LGBTQIA+ nas eleições que estavam por vir.
Com a liberação das restrições de saúde, o evento também foi um grande momento para a economia da cidade. A Parada do Orgulho de São Paulo do ano passado reuniu cerca de 4 milhões de pessoas no centro da capital, tornando-se um dos maiores eventos de diversidade do mundo.
O documentário também reúne imagens de arquivo da primeira parada realizada no centro de São Paulo. Personagens icônicos do movimento até os dias de hoje aparecem nas imagens, como a drag queen Kaka di Polly. Durante o evento, foi ela quem deitou no chão para interromper o trânsito na Paulista, dando chance para que a parada pudesse acontecer.
Mendes já produziu um curta-metragem sobre a cena de BDSM em São Paulo e um documentário sobre a questão trans no candomblé. Durante a pandemia, também produziu um outro documentário sobre o amor entre as pessoas em situação de rua. Além do longa, Mendes já fez materiais audiovisuais para a Parada de Orgulho em anos anteriores.
Participam do documentário a drag queen Alalalulu e Lucas Daniel, pessoa queer, que estão indo pela primeira vez na Parada do Orgulho LGBT SP. Além delas, a jornalista Léo Áquilla, que também é coordenadora de Políticas LGBT+ da Prefeitura de São Paulo.
Outras personalidades integram o elenco, como Sabrina Prezott, atriz pornô e ativista LGBT; Tatto Oliveira, produtor e ativista trans; Cássio Rodrigo, gestor público e ativista LGBT; Cláudia Regina, presidenta APOLGBT SP; Nelson Pereira, ativista da APOLGBT SP; Renato Viterbo, vice-presidente APOLGBT SP; Salete Campari, drag queen e ativista LGBT; Heitor Werneck, produtor cultural e ativista LGBT e a drag queen Tchaka, apresentadora oficial da Parada SP.
A Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo começa neste domingo, mas os eventos já acontecem por toda a cidade.
A Feira da Diversidade, realizada na última quinta, 8, reuniu estandes, apresentações e atividades diversas no Memorial da América Latina.
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