O psicólogo e ativista LGBTQIA+ Eliseu Neto, morreu nesta terça-feira, 21, aos 45 anos. A informação foi divulgada pelo Cidadania, partido que Eliseu era filiado.
Em nota, o partido destacou que o ativista liderou a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) no Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou na criminalização da homofobia no Brasil, equiparando-a ao crime de racismo.
Uma semana antes do falecimento, Eliseu postou uma mensagem no Instagram pedido ajuda financeira para o tratamento de uma doença autoimune recém-diagnosticada.
Nascido em São Paulo, mudou-se para Florianópolis aos 12 anos, onde morou até os 20. Foi na cidade em que começou a trilhar a carreira política sendo presidente do Grêmio Estudantil, do Clube de Ciências e do Centro de Estudos Vegetais no colégio.
Religioso, participou do movimento Renovação Marista e um dos fundadores da Juventude da Divina Providência, ambas organizações católicas e do Movimento Bandeirante.
Formado em psicologia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e com especialização em psicologia clínica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), seguiu carreira como orientador educacional e profissional, além de professor na pós-graduação da Universidade Cândido Mendes do Rio de Janeiro, nos cursos de terapia de família, pedagogia empresarial, gestão empresarial, entre outras.
Dedicou sua carreira acadêmica à Orientação profissional (OP) um processo de ampliação do autoconhecimento e do conhecimento da realidade profissional, que conta diversos instrumentos como entrevistas, testes psicológicos, técnicas e jogos psicopedagógicos.
Entre janeiro de 2019 e outubro de 2023, atuou como assessor e secretário parlamentar da executiva do partido Cidadania 23, onde atuou na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) no Supremo Tribunal Federal (STF) e também pelo fim da proibição de doação de sangue por homossexuais.
"Aos seus amigos, familiares e aliados, meu pesar e meus sentimentos. Que sua memória siga viva na luta pela igualdade de direitos, pela não discriminação e pelo direito fundamental de ser e de amar", publicou a deputada federal Erika Hilton (PSol SP) em sua conta no X, antigo Twitter.
Já a jornalista e apresentadora Rachel Sheherazade, amiga próxima de Elias, publicou em seu Instagram uma mensagem de despedida emocionada. "Meu amor. Meu coração está doendo muito. Queria o abrigo do seu abraço, ouvir sua voz, ver mais uma vez seu sorriso tão amigo. Mas, tudo agora é silêncio, ausência, tristeza e dor. Não sei o que dizer. Sua despedida tão repentina, tão indesejada me roubou o chão e as palavras. Obrigada por tudo".