Emprego, saúde, dignidade: veja as principais reinvindicações do público da Parada LGBT+

Terra ouviu participantes da 27ª Parada LGBT+ de São Paulo

11 jun 2023 - 21h09
(atualizado às 22h12)
Parada SP: população LGBTQIA+ lista as políticas públicas que comunidade precisa
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Sob um calor de 30ºC, a Avenida Paulista reuniu, neste domingo, 11, pessoas dos mais diferentes tipos e bandeiras na 27ª edição da Parada LGBT+ de São Paulo. As músicas se intercalaram com falas de reinvindicação e demonstraram a essência do evento: o misto entre o viés político e a celebração do orgulho.

Para entender as principais pautas da comunidade LGBTQIA+, o Terra ouviu participantes da Parada na capital paulista. Confira: 

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Luciene Neves, de 51 anos, lésbica

Luciane lembrou da necessidade de acesso a empregos para população trans
Luciane lembrou da necessidade de acesso a empregos para população trans
Foto: Gabriel Moraes/Terra

"Sou lésbica e estou aqui para representar meu Estado, que é o Mato Grosso. Acho que quando falamos em políticas públicas, estamos falando de direito à vida com dignidade, segurança e educação. Além disso, acho que nossa comunidade precisa de mais emprego, especialmente as pessoas que estão mais vulneráveis às violências e à vulnerabilidade, como as pessoas trans".

Brune Stone, de 25 anos, pessoa não binária e pansexual

Brune pediu respeito a pronomes e acesso à retificação de nomes
Foto: Gabriel Moraes/Terra

"Primeiramente, enquanto pessoa não binária, eu espero que nós, pessoas trans, tenhamos nossos nomes e pronomes respeitados e acesso garantido à retificação de nome. Depois de quatro anos de um governo que negava a existência de pessoas LGBTs, estar na rua hoje é muito simbólico para o movimento. O que eu mais espero é que o governo atual esteja junto com a gente na construção de políticas públicas para todas, todos e todes".

Josias, de 58 anos, bissexual

"O que eu mais espero para a comunidade LGBT+ é um acesso melhor à saúde", disse Josias
Foto: Gabriel Moraes/Terra

"O que eu mais espero para a comunidade LGBT+ é um acesso melhor à saúde. Que pessoas tenham uma melhor condição de se cuidar, previnir e realizar exames e testes. Como pessoa mais velha, vivenciei um momento em que a Aids era tratada como tabu. Apesar do tempo que passou, acredito que o poder público precisa fortalecer discursos de conscientização, principalmente de forma a atingir nossos jovens." 

Marcos Almeida, de 24 anos, homem gay

"Diversidade de corpos e desejos em todos os ambientes é essencial", ponderou Marcos
Foto: Gabriel Moraes/Terra

"No momento, acho que o mais urgente para comunidade LGBT+ é a igualdade de oportunidade de trabalho, tanto em questão de gênero como de sexualidade. Ter diversidade de corpos e desejos em todos os ambientes é essencial, não só para as pessoas, como para o próprio mercado de trabalho. Para além disso, o acesso à educação pública, gratuita, de qualidade e também à cultura."

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Isis, de 36 anos, mulher bissexual

Isis esteve nesta edição da Parada
Foto: Gabriel Moraes/Terra

"Eu estou fazendo doutorado num programa que chama ProMuSPP, que é de Mudança Social e Participação Política da USP Leste, pela linha de pesquisa das artes. Há uma batalha até dentro desses espaços que se dizem progressistas. A gente está sempre na luta, sempre reivindicando, dentro da academia ou fora dela, a gente está aqui para ocupar espaço e falar que a gente tem voz."

Terra na Parada

Pelo segundo ano consecutivo, o Terra é media & business partner oficial do maior evento popular a céu aberto do mundo, a 27ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, reforçando o nosso compromisso com a diversidade, potencializando as vozes e as lutas pela causa.

Patrocínio Máster: Smirnoff

Patrocínio: Vivo

Apoio: Pantene, Amstel, Jean Paul Gaultier, L'Oréal, Mercado Livre, Accor

Fonte: Redação Terra
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