Um levantamento do Instituto Pólis aponta que os casos de violências cometidas contra pessoas LGBTQIA+ na cidade de São Paulo e que chegaram aos serviços de saúde aumentaram 970% em 2023, em relação aos registros de 2015.
O estudo também revelou que o número de boletins de ocorrência da Polícia Civil cresceu 1.424%, no mesmo período. É um total de 3.868 vítimas. Nos espaços de saúde foram 2.298 pacientes vítimas de ataques de LGBTfobia.
A maioria dos casos dos espaços de saúde foram registrados nas regiões periféricas da cidade, sendo o distrito do Itaim Paulista o com o maior número de notificações (123 vítimas), em seguida Cidade Tiradentes (103), Jardim ngela (100), Jardim São Luís (75), Capão Redondo (75) e Grajaú (65).
Já o mior número de registros da Polícia civil ocorreram na região central: República (160 vítimas), Bela Vista (102) e Consolação (96). Na sequência, aparecem Itaquera (82), na zona leste, e Vila Mariana (79), na zona centro-sul.
Os dados foram coletados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação do SUS e pela Secretaria de Segurança Pública, analisados e publicados parcialmente pela colunista Mônica Bergamo da Folha de S. Paulo neste domingo (12).
O estudo "Violências LGBTQIAPN+ na Cidade de São Paulo", elaborado pelo Pólis, será divulgado na íntegra na próxima sexta-feira (17), Dia Mundial de Combate à LGBTfobia.