A representatividade LGBTQIAPN+ nas mídias está ganhando espaço, proporcionando visibilidade e validação para essa comunidade. Isso não apenas impacta positivamente suas vidas, mas também promove mudanças na sociedade como um todo.
A representatividade pode ser transformadora na vida de pessoas LGBTQIAPN+, mas não só para a comunidade. A partir dela, toda a sociedade pode mudar. Isso também acontece quando testemunhamos um aumento na representação de personagens LGBTQIAPN+ nas telas, nas séreis e nos livros, desde dramas emocionantes até comédias encantadoras que marcam o audiovisual.
De maneira geral, a comunidade está cada vez mais ganhando espaço e voz na indústria do entretenimento, trazendo mais diversidade para esse cenário. A mídia tem o poder de moldar percepções sociais e culturais e, quando filmes, séries ou livros fornecem visibilidade a experiências e identidades, permitindo que pessoas LGBTQIAPN+ se vejam representadas e validadas, enaltecendo o orgulho, ajuda a combater o sentimento de isolamento e invisibilidade que muitas vezes acompanha essas pessoas.
Quer saber mais sobre isso? Separamos algumas obras para você navegar pelo universo LGBTQIAPN+ de diferentes maneiras. Confira:
Qual o melhor filme LGBTQIAPN+ para assistir?
Rafiki
É um filme queniano, lançado em 2018, dirigido por Wanuri Kahiu. A história mostra duas jovens, Kena e Ziki, que se apaixonam em meio a um contexto social conservador e que criminaliza os relacionamentos LGBTQIANP+. Ambientado em Nairobi, o filme aborda não apenas o amor entre as protagonistas, mas também as pressões da sociedade e da família, que tentam reprimir seu relacionamento por ser considerado inaceitável.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
Filme dirigido por Barry Jenkins e lançado em 2016, conta a história de Chiron, um jovem negro que cresceu em uma comunidade pobre de Miami e enfrenta desafios ao lidar com sua identidade e sexualidade, enquanto tenta encontrar seu lugar em um mundo marcado pela violência e pela falta de compreensão.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
Um filme brasileiro dirigido por Daniel Ribeiro, lançado em 2014, que narra a história de Leonardo, um adolescente cego que vive com sua mãe. Seu destino muda quando Gabriel, um novo colega de classe, entra em sua vida e, então, passa a viver uma jornada de autodescoberta.
A Morte e a Vida de Marsha P. Johnson
Um filme documentário, dirigido por David France e lançado em 2017. O longa investiga a vida e o legado de Marsha P. Johnson, figura importante dos movimentos de direitos LGBTQIAPN+ e ativismo pelos direitos civis nos Estados Unidos. Johnson foi uma mulher trans negra que desafiou as normas sociais e políticas da época, tornando-se uma figura central durante os protestos de Stonewall em 1969, considerados um marco importante no movimento pelos direitos LGBTQIAPN+.
Carol
Durante as festas de fim de ano, a elegante Carol conhece Therese em uma loja de departamentos. A amizade delas se transforma em um vínculo amoroso intenso. No mundo lésbico, ver Carol pelo menos uma vez no ano é obrigatório!
Tiro Certeiro
O curta-metragem combina romance e ação, mostrando a história de Nikki e Samantha, duas jovens do ensino médio que compartilham um amor profundo e anseiam por um futuro juntas. Enquanto Samantha celebra a companhia e a conexão com Nikki, o misterioso passado da última, marcado por violência, ressurge, desafiando a solidez do relacionamento das duas. Em meio a essa reviravolta, o amor entre elas é submetido a uma prova de fogo, forçando-as a enfrentar obstáculos emocionais e físicos para permanecerem juntas.
Alex Strangelove
Alex Truelove tem um único objetivo: perder a virgindade com sua namorada antes de se formar no ensino médio, mas seus planos mudam quando conhece Elliot, um menino gay que leva Alex em um caminho de autodescoberta.
Meu nome é Ray
Ray nasceu mulher, mas não se identifica com o gênero e está se preparando para fazer uma cirurgia de redesignação sexual. Enquanto isso, sua mãe, Maggie, tenta encontrar a melhor forma de lidar com a situação, mas sua avó, uma mulher homossexual, não aceita a decisão e cria um conflito na família.
Você nem imagina
Ellie Chu é uma menina tímida que ajuda o atleta da sua escola a conquistar uma garota por meio de cartas de amor. Entretanto, ela não imaginaria que eles virariam amigos e que ela também se apaixonaria pela garota.
My policeman
Nos anos 1950, um policial se apaixona por uma professora, mas logo começa a ter um caso com um curador de museu, mesmo a homossexualidade sendo ilegal em seu país.
Quais as melhores séries LGBTQIAPN+?
Uncoupled
Após um rompimento repentino com seu namorado de longa data, Michael precisa encarar a vida de um homem gay solteiro após os 40 anos.
Dickinson
Baseada na história da poeta Emily Dickinson, a série explora sua luta contra imposições da sociedade sobre gênero e família e o relacionamento da jovem com sua cunhada, Susan Gilbert.
The L Word: Generation Q
Dez anos após o fim de “The L Word”, a série retrata as amigas Shane, Bette e Alice em novas fases da vida e apresenta ao público personagens com novas histórias.
Heartstopper
Charlie é um menino gay e tímido que se aproxima do popular atleta Nick. Logo, eles percebem que a amizade se transformou em algo a mais.
Young Royals
Um príncipe é mandado para um colégio interno após um escândalo, mas acaba se apaixonando por um de seus colegas.
Pose
Criada por Ryan Murphy, Brad Falchuk e Steven Canals, estreou em 2018 e explora a cultura “ballroom scene”, um espaço de competição e expressão artística para a comunidade LGBTQPIAN+, especialmente para pessoas transgênero e pessoas negras.
A série aborda questões de identidade, saúde, família e luta por aceitação, enquanto celebra a beleza da comunidade LGBTQPIAN+ durante um período crucial de sua história.
Manhãs de Setembro
Uma série brasileira de drama e comédia criada por Luiz Romero e dirigida por Dainara Toffoli. Lançada em 2021, tem como protagonista a cantora Liniker, representando Cassandra, uma mulher trans e negra, que trabalha como motogirl e tem sua vida transformada após ter um filho. A série oferece uma visão necessária sobre a jornada em sua busca por felicidade e aceitação em uma sociedade marcada pela intolerância e pelo preconceito.
Quais são os melhores livros LGBT?
Com amor, Simon, de Becky Albertalli
O jovem Simon Spier tem 16 anos e é gay, mas nunca conseguiu partilhar isso com outras pessoas. Ele não enxerga problemas na sua sexualidade, mas não gosta da ideia de precisar ficar se explicando para as pessoas - afinal, por que só os gays têm que se apresentar ao mundo?
Delilah Green não está nem aí, de Ashley Herring Blake
Chloe Brown Delilah Green nasceu em Bright Falls, lugar onde prometeu jamais voltar, e foi morar em Nova York, onde construiu uma carreira com bastante potencial como fotógrafa. Após uma chantagem emocional da sua madrasta, acaba aceitando ir fotografar o seu casamento e retorna para sua cidade natal, onde reencontra Claire Sutherland e percebe que voltar para Bright Falls pode ser melhor do que esperava.
Os sete maridos de Evelyn Hugo, de Taylor Jenkins Reid
Esse livro narra a história de Evelyn Hugo, estrela de Hollywood que está prestes a completar seus 80 anos e decide narrar sua própria história a partir da ótica de Monique Grant, jornalista iniciante, que é a entrevistadora e, ao longo da construção da narrativa, percebe que há uma conexão entre as duas para além do trabalho.
Stella Manhattan, de Silviano Santiago
Eduardo da Costa e Silva é um funcionário do Consulado brasileiro nos EUA que utiliza sua outra identidade, Stella Manhattan, para narrar uma série de intrigas políticas e escândalos sexuais na Nova York de 1970.
Vermelho, branco e sangue azul, de Casey McQuiston
Alex Claremont-Diaz se tornou o novo queridinho da mídia norte-americana após sua mãe ser eleita presidenta dos Estados Unidos. Com a notoriedade, alguns convites surgiram, como o casamento real britânico do Príncipe Philip. Lá, teve que estreitar os laços com Henry, o irmão mais novo do príncipe, quem ele não suportava. Esse encontro foi pior do que imaginado e acaba evoluindo para algo que ninguém podia esperar.
Quarto aberto, de Tobias Carvalho
Em sua busca por liberdade sexual e afetiva, os protagonistas se encontram em uma jornada de autodescoberta ao explorar as complexidades de relacionamentos não convencionais. O autor aborda temas como amor, compromisso, ciúme e a busca por conexões genuínas em um mundo que muitas vezes limita as possibilidades de expressão e realização pessoal para pessoas LGBTQIAPN+.
Amores, Marias, Marés, de Chico Fonseca
A trama desenrola-se em torno da relação amorosa entre duas mulheres, uma narrativa que desafia os padrões sociais da época. No enredo, uma professora recém-casada com um aristocrata se vê envolvida em um amor proibido com uma jovem negra, cujo interesse reside na pesquisa sobre a participação dos negros na construção de sua cidade.
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